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UFPE estratégica

Por Anísio Brasileiro

As universidades públicas brasileiras são espaços estratégicos de formação, produção e inovação do conhecimento nacional. Na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a excelência da formação (na graduação e pós-graduação) é reconhecida pelo MEC, por prestigiosos órgãos de fomento e pela população. O Colégio de Aplicação destaca-se como o melhor desempenho do ensino médio no País.

Na graduação, além dos tradicionais, há novos cursos abertos para responder à demanda qualificada do Estado, tais como: cinema, dança, ciência política com ênfase em relações internacionais, museologia e gestão da saúde. E também as engenharias naval, de materiais, de alimentos e de Energia para Pernambuco suprir a carência de mão de obra qualificada em seu novo ciclo de crescimento. A pós-graduação é uma das mais bem conceituadas do País. As pesquisas básicas e aplicadas que a UFPE realiza são essenciais para o desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil.

Áreas estratégicas para o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação são lideradas por professores da UFPE, a exemplo dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia em áreas de fronteira do conhecimento: nanotecnologia, física, informática, fármacos, arqueologia, energia nuclear e biologia de fungos. São áreas portadoras de futuro e de impacto econômico para o País. Ademais, o CNPq e a Finep estão financiando a construção e a aquisição de equipamentos para laboratórios dedicados ao setor metal-mecânico. Há outras pesquisas na UFPE financiadas por empresas públicas e privadas.

O Centro de Informática, por exemplo, desenvolve, na área de software, pesquisas para empresas internacionais da indústria de celulares, com incentivo da Lei da Informática. Equipes do Centro de Tecnologia e Geociências desenvolvem pesquisas em petróleo, gás e combustíveis com apoio da Petrobras, nas áreas de exploração, produção e refino. Pesquisadores nas áreas econômicas, sociais e de engenharia atuam no setor de energia, em cooperações com a Chesf e a Celpe, além de atuação de grupos de pesquisa ligados às indústrias criativas. A riqueza deste processo reside na dedicação de professores e técnicos administrativos na construção de uma universidade pública de qualidade.

Atualmente, no Brasil, são necessárias estratégias de indução para elevar seu desempenho. A primeira trata dos recursos do pré-sal. É essencial que parte desses recursos seja destinada à educação fundamental e média, para os alunos fortalecerem competências nas disciplinas que formam o núcleo do conhecimento científico. Dessa forma, eles poderão, através de Programa Ciência sem Fronteiras, ter acesso aos melhores centros de pesquisa do mundo. A segunda diz respeito ao uso de recursos do pré-sal e de fundos setoriais para financiar pesquisas, inovação e bolsas de pós-graduação. A terceira trata da luta por carreiras atrativas para formar núcleos de pesquisadores e técnicos nas universidades, além de mais recursos para conclusão de laboratórios, salas de aula e assistência estudantil. A modernização gerencial permitirá que as universidades públicas e a UFPE continuem a realizar suas missões de formar pessoas com ética e qualidade para um Brasil mais justo.

Anísio Brasileiro é reitor da UFPE

Artigo publicado no Jornal do Commercio de 13 de setembro de 2012
Date of last modification: 27/10/2016, 14:17

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