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Pós-graduação na UFPE

Por Anísio Brasileiro, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UFPE
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Recentemente, a UFPE recebeu com satisfação os resultados da avaliação de seus programas de pós-graduação, realizada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Ministério da Educação (MEC). Essa avaliação é realizada a cada três anos, pelos comitês compostos por pesquisadores de reconhecida representatividade de cada área do conhecimento por meio de um relatório minucioso das atividades de ensino e pesquisa, o Coleta-Capes. Essas atividades referem-se à estrutura dos cursos, à qualificação do corpo docente, à produção acadêmica e à inserção social das atividades.

Os resultados desse processo são expressos pela atribuição de nota numa escala de dois a sete. Os cursos de excelência, com nível internacional, recebem seis ou sete. Os demais conceitos são cinco (muito bom), quatro (bom) e três (regular). Os programas com nota dois são descredenciados, podendo ser reintegrados ao sistema, desde que atendam às exigências da avaliação. Na avaliação do triênio 2004-2006, a UFPE obteve excelentes resultados. A física manteve o conceito sete, o único do Norte/Nordeste, a química fundamental manteve o conceito seis, e um excepcional resultado foi a informática que passou de cinco para seis, passando a ser um dos quatro melhores programas do Brasil. Os três programas possuem, portanto, um padrão internacional, caracterizado pelo nível de excelência de seus docentes e estudantes. Os demais resultados foram globalmente muito bons: 20 programas obtiveram a nota cinco, 15, a nota quatro e 11, a nota três. A UFPE evoluiu do conceito bom para muito bom, estando hoje entre as melhores instituições de ensino de pós-graduação do País.

Diversas são as razões que explicam esse padrão de excelência da instituição. Primeiro, a qualidade do seu corpo docente. Atualmente, a UFPE conta com 1.791 professores efetivos, lotados nos três campus do Recife, Caruaru e Vitória. Desse total, cerca de 70% possui o doutorado. O programa de qualificação docente da UFPE revela uma contínua busca de aperfeiçoamento. No momento, 29 docentes estão afastados integralmente das atividades para a realização de pós-doutorados no Brasil ou no exterior. Em segundo lugar, a qualidade do corpo discente, tanto da graduação quanto da pós-graduação. A UFPE oferece hoje 70 cursos de graduação, com 22.908 alunos matriculados, e 99 cursos de pós-graduação atendendo 4.702 estudantes de mestrado ou doutorado. Além disso, há na universidade 65 cursos de especialização.

Em terceiro lugar, a qualidade de suas atividades de pesquisa, algumas delas diretamente ligadas às áreas estratégicas para o desenvolvimento científico e tecnológico do País e da região Nordeste. Por fim, saliente-se o padrão internacional de suas atividades de ensino de graduação e de pós-graduação. Por meio de uma bem sucedida política de editais, a UFPE tem conseguido trazer para seus laboratórios renomados pesquisadores visitantes, de origem internacional ou nacional, para impulsionar pesquisas em áreas avançadas do conhecimento. Essa política de cooperação internacional ocorre também via convênios e cooperações técnicas com países da América Latina, África, Europa, Estados Unidos e Canadá, o que tem permitido o desejável intercâmbio de alunos de graduação e de pós-graduação.

Trata-se, portanto, de buscar políticas de cooperação entre instituições científicas nos planos internacional, nacional e local. A esse respeito, também devemos mencionar o papel estratégico desenvolvido pela fundação local de apoio à pesquisa, a Facepe. Em conclusão, todo o esforço que vem sendo construído pela instituição desde meados dos anos 1960, quando os primeiros cursos de pós-graduação foram criados, resulta da dedicação, seriedade e espírito público dos seus servidores técnico-administrativos, de seus docentes e discentes. E tem um único objetivo: contribuir para a formação de recursos humanos de nível superior para que os jovens possam adquirir uma sólida formação ética e profissional. Ao cumprir esse papel, a UFPE, instituição pública patrimônio da sociedade brasileira, nordestina e pernambucana, está contribuindo para a educação, ciência e tecnologia do País.

Publicado em 20.04.2008 no Jornal do Commercio
Date of last modification: 31/10/2016, 11:05

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