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Interiorização da UFPE

A missão da universidade pública é inventar o futuro. Para isso precisa formar cidadãos e profissionais cada vez mais competentes, capazes de garantir o desenvolvimento econômico e social. Jovens engajados, conectados e abertos à diversidade. No Brasil, ainda lutamos para inserir esses jovens na educação superior. Na última década, iniciamos uma revolução com a interiorização das federais. Antes de 2003, havia 148 campi em 114 municípios, entre 2003 e 2010, esse número passou para 274 campi em 230 municípios. Ao final de 2014, 63 federais deverão estar em 321 campi, atendendo 275 municípios. Em 11 anos, a

interiorização do ensino público federal permitiu ao Brasil mais que dobrar o acesso de estudantes à educação superior. Cresceu também o percentual de professores com doutorado que passou de 50,9% em 2003 para 68,8% em 2012, colaborando para o Brasil ocupar o 13º lugar entre os países com maior produção científica.
 
A UFPE vem respondendo ao desafio da interiorização. Está presente em Vitória de Santo Antão e Caruaru com formações na graduação e pós-graduação. Em Vitória, temos Educação Física, Nutrição, Enfermagem, Saúde Coletiva, Ciências Biológicas. Em Caruaru, Engenharia Civil e de Produção, Design, Formação Docente (com as licenciaturas de Pedagogia, Química, Física, Matemática e Intercultural Indígena), Administração e Economia. Nos dois campi, são cinco mil estudantes, sendo mais de 90% do interior, trabalhando com 260 docentes e 90 técnicos qualificados. Somos uma das poucas federais a ofertar uma graduação voltada para formação de docentes indígenas (em Caruaru), contribuindo para a preservação de culturas essenciais. Caruaru e Vitória já possuem mestrados, nas Engenharias Civil e de Produção, Educação, Economia, Saúde Humana e Meio Ambiente.
 
A universidade pública existe para servir à população. Em Vitória, a UFPE é responsável por oito programas de residência em Enfermagem, Nutrição Clínica e Multiprofissional em hospitais do Recife, de Vitória e de Garanhuns. Participamos das operações do Projeto Rondon e abrigamos um pré-vestibular gratuito com 125 vagas anuais. Em Caruaru, temos projetos pesquisa e de extensão que dinamizam o Agreste: Moda, Design de Produtos, Arte, Economia, Gestão, Educação, Meio Ambiente, Construção e Recursos Hídricos.
 
Que novos desafios se apresentam para a interiorização das universidades federais? O principal é continuar a se expandir com qualidade. As cidades médias crescem. Os jovens de 18 a 24 anos acessam em maior número educação superior. O sistema de cotas lança novos desafios. Nesse contexto, cresce a pressão social para mais vagas nas federais. A UFPE está pronta para responder a esses desafios.
 
Anísio Brasileiro (reitor da UFPE), Florisbela Campos (diretora do CAV) e Nélio Melo (diretor do CAA)
 

* Artigo publicado no Jornal do Commercio de 18 de julho de 2013

Date of last modification: 27/10/2016, 14:16

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