Por Gilson Edmar Gonçalves e Silva, vice-reitor da UFPE
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Pernambuco sempre ocupou um lugar de destaque entre os Estados do Brasil, sob os aspectos culturais e históricos, mas atualmente também o desenvolvimento econômico está sendo relevante para o seu desenvolvimento a nível nacional e internacional. A gestão atual do nosso Estado, sob a coordenação do governador Eduardo Campos, vem desempenhando com eficiência a busca para a implantação de novas oportunidades, visando a este crescimento econômico cada vez maior. Um estímulo permanente aos diversos polos já existentes no Estado e, ao mesmo tempo, à criação de outros beneficiará a sociedade pernambucana, com possibilidades reais de novos empregos. A nossa cadeia produtiva, bastante diversificada, demonstra a vocação de cada região onde foi instalada. Na capital ou região metropolitana nasceu o polo de informática no Porto Digital e o polo médico, com ampliação da rede hospitalar e de diagnóstico. Tradicionalmente, mantêm-se os polos: açucareiro, nas Matas Norte e Sul, e o gesseiro, no Sertão. Cada vez mais, amplia-se e diversifica-se a fruticultura irrigada no alto Sertão, sem esquecer a bacia leiteira do Agreste.

No litoral vem sendo incrementado o turismo externo, seja de lazer ou de negócios, com a ampliação da malha aérea internacional, sem negligenciar o turismo interno, propiciando aos pernambucanos conhecer também as suas belezas. As nossas praias favorecem o turismo náutico e amplia-se, também, a nossa variedade gastronômica, reconhecida por todos. O nosso interior é repleto de locais com potencialidade turística, seja histórica, folclórica ou esportiva, entre outras. As cidades localizadas em regiões mais altas possuem um clima ameno, porque não dizer frio, favorecendo mudanças na vestimenta, na alimentação e principalmente nos hábitos das pessoas habituadas ao clima quente do litoral e do Sertão.

O Porto de Suape vem sendo um indutor deste desenvolvimento, com a instalação de várias empresas grandes, entre elas, o Estaleiro Atlântico Sul e a Refinaria Abreu e Lima. O funcionamento destas e de outras grandes indústrias facilitará o aparecimento de outras menores, não menos importante, que servirão para o fornecimento de peças e equipamentos básicos.

Mas, para que este crescimento ocorra de modo sustentável, são necessários trabalhadores capacitados. A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) vem mantendo a sua diretriz de trabalhar junto, de manter parcerias com o governo estadual, para cumprir o seu papel de partícipe deste novo desenvolvimento. Assim, criamos novos cursos, nos diversos câmpus, com o objetivo de estar em sintonia com as vocações regionais. Aumentamos as vagas nos cursos já existentes, especialmente nas áreas relacionadas aos polos em atividade e naqueles a serem implantados.
Esta parceria fez desenvolver novas linhas de pesquisas que tornarão mais eficientes os resultados nas diversas aéreas do conhecimento e sua relação com o mercado. Esta relação entre a academia e as empresas já demonstrara resultados positivos na produção de baterias e de novos fármacos. São grandes as perspectivas nas áreas do petróleo e gás e em todas as nuances da indústria naval. Estão sendo implantados laboratórios de alta tecnologia para fazer face a esta demanda.

O grande desafio atual é a capacitação imediata dos pernambucanos para ocupar as diversas opções de trabalho que estão surgindo, não só na área tecnológica, a mais requisitada, como também, nas várias áreas de apoio. E esta formação na UFPE não se dará apenas no nível superior de graduação, mas no aperfeiçoamento e na especialização, além da pós-graduação, mestrado ou doutorado, que preparará técnicos de alto nível para um adequado desempenho profissional. Além disso, em conjunto com outras instituições teremos técnicos de nível médio ou artífices bem treinados.

A UFPE, como instituição de ensino, também vem colaborando com a formação e com o aperfeiçoamento dos docentes do nível médio e fundamental, em consonância com as secretarias estadual e municipais de educação. Do mesmo modo, estamos preparando profissionais da saúde para atuar na atenção básica e na média e alta complexidade.

Enfim, uma universidade como a UFPE pode, deve e quer estar sempre em sintonia como o nosso governo estadual, com o objetivo de atuar conjuntamente no desenvolvimento de Pernambuco e para cumprir uma das missões da nossa atual gestão, o compromisso social.

Publicado no Jornal do Commercio em 29.10.2009