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Laboratório de Sensibilidades, Habilidades e Expressão seleciona bolsista com nível superior completo
Inscrições foram prorrogadas e devem ser realizadas até as 23h59 do domingo (14)
O Laboratório de Sensibilidades, Habilidades e Expressão (LABSHEX) do Curso de Medicina do Centro Acadêmico do Agreste (CAA) da UFPE, em Caruaru, realiza seleção para uma vaga de bolsista no projeto de extensão “Qualificação e Expansão das Ações do Laboratório de Sensibilidades, Habilidades e Expressão (Qualisensi – InovaSUS/LABSHEX)”. As inscrições foram prorrogadas e devem ser realizadas até as 23h59 do domingo (14), com envio do currículo para o e-mail qualisensicaruaru@gmail.com.
O processo seletivo é destinado a profissionais graduados nas áreas de Artes Visuais, Design, Comunicação Social, Enfermagem, Fisioterapia, Biomedicina, Medicina ou Psicologia. Haverá duas etapas: avaliação de currículo e entrevista. A bolsa mensal tem valor de R$ 1.560,00 e duração de três meses, com início este mês.
O bolsista terá como função apoiar as ações a serem desenvolvidas no projeto “Qualificação e Expansão das Ações do Laboratório de Sensibilidades, Habilidades e Expressão (LABSHEX)”, que conquistou o 1º lugar da Região Nordeste do Prêmio InovaSUS – Gestão da Educação na Saúde, na Modalidade II (Integração Ensino-Serviço-Comunidade, Edital 2015) – da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (Opas/OMS).
CONFIRA O EDITAL
Universidade Federal de Pernambuco
Pró-reitoria para Assuntos Acadêmicos
Laboratório de Sensibilidade Habilidade e Expressão (LABSHEX)
Coordenação Técnica - Profa. Eline Gomes de Araújo
PROCESSO SELETIVO PARA BOLSISTA NÍVEL SUPERIOR - PROJETO DE EXTENSÃO
1. Disposições preliminares
A presente seleção de profissionais de nível superior para a vaga de bolsista no projeto
“Qualificação e Expansão das Ações do Laboratório de Sensibilidades, Habilidades e Expressão
(LABSHEX)” será regida por este Edital e será executada pelos professores e professoras
vinculadas ao LABSHEX e ao Prêmio InovaSUS.
2. Sobre a função
a) Função: registrar as atividades, avaliar, apoiar a residência artística e encontro nacional,
junto à coordenação técnica, as ações a serem desenvolvidas no projeto “Qualificação e
Expansão das Ações do Laboratório de Sensibilidades, Habilidades e Expressão (LABSHEX)”,
que conquistou o 1º lugar da Região Nordeste do Prêmio InovaSUS – Gestão da Educação na
Saúde, na Modalidade II (Integração Ensino-Serviço-Comunidade, Edital 2015) – da Secretaria
de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), em parceria com a Organização Pan-
Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (Opas/OMS).
b) A Vaga: o presente edital visa selecionar 01 (um) profissional de nível superior em uma das
seguintes áreas: ARTES VISUAIS, DESIGN, COMUNICAÇÃO SOCIAL, ENFERMAGEM,
FISIOTERAPIA, BIOMEDICINA, MEDICINA ou PSICOLOGIA, (bacharelado ou licenciatura); sendo
os demais classificados em cadastro de reserva.
c) Duração da bolsa: 3 meses, início em janeiro de 2018 até março de 2018.
d) Atribuições da função do bolsista:
. Produção de material visual, artístico e textual para atualização da página virtual (site)
do projeto nas ações da residência artística, oficinas de linguagens, práticas integrativas
em saúde;
. Gerenciamento do planejamento, produção e registro das oficinas de linguagens
artísticas, culturais e lúdicas para os professores do CAA e outras Instituições parceiras;
. Gerenciamento do planejamento, produção e registro da residência artística como
imersão na cultura local;
. Gerenciamento do planejamento, produção e registro das oficinas de linguagens
artísticas, culturais e lúdicas para os estudantes do CAA e outras Instituições parceiras;
. Gerenciamento do planejamento, produção e registro das oficinas de práticas
integrativas em saúde e de cuidado de si;
. Apoio no encontro nacional, produção e registro das atividades;
. Participação das reuniões de planejamento do projeto e das suas ações de gestão;
. Elaboração dos relatórios do projeto em conjunto com a coordenação técnica;
. Participação nas reuniões de avaliação e finalização do projeto.
3. Das condições de inscrição
3.1 O candidato que efetuar sua inscrição no presente processo declara conhecimento e
aceitação de todo o conteúdo deste Edital.
3.2 Ter disponibilidade de 20 (vinte) horas semanais para dedicar-se às atividades do projeto
(item 02)
4. Inscrição
4.1 Deverá ser realizada, EXCLUSIVAMENTE com envio do currículo para o email
qualisensi@gmail.com, até às 23:59h do dia 07 de janeiro 2018.
4.2 As inscrições foram prorrogadas até às 23:59h do dia 14 de janeiro 2018, com envio do
currículo para o e-mail qualisensicaruaru@gmail.com.
5. Requisitos
Perfil vaga para nível superior:
a) Possuir nível superior completo, com graduação na área de ARTES VISUAIS, DESIGN,
COMUNICAÇÃO SOCIAL, ENFERMAGEM, FISIOTERAPIA, BIOMEDICINA, MEDICINA ou
PSICOLOGIA, (bacharelado ou licenciatura);
b) Ter conhecimento de informática, acesso à internet e e-mail;
c) Ter habilidade de comunicação em ambientes virtuais e de trabalho colaborativo em equipe;
d) Disponibilidade mínima de 20h/semanais.
e) Compromisso com a proposta do Laboratório de Sensibilidades, Habilidades e Expressão
(LABSHEX). (Vide Anexo 1)
f) O bolsista assinará um Termo de Compromisso, no qual disponibiliza 20h semanais para as
atividades do projeto, distribuídas ao longo de toda a semana, que dissertará também sobre
outras regras e condutas do bolsista.
6. Etapas da Seleção
A seleção ocorrerá em duas etapas: avaliação de currículo e entrevista.
a) A avaliação de currículo será feita pela coordenação técnica do projeto e/ou professores/as
vinculados ao LABSHEX, já em nível classificatório.
b) Caso seja selecionado, o candidato deverá comparecer na entrevista em data e hora a ser
informada por e-mail.
c) O resultado final será publicado até o dia 19 de janeiro de 2018 por e-mail e no quadro de
avisos do Curso de Medicina.
7. Critérios de Seleção
a) Avaliação do currículo.
b) A entrevista será considerada a trajetória e motivação para a participação no projeto, a
capacidade do entrevistado em comunicar-se adequadamente, motivações para o
desempenho da tarefa proposta e cordialidade.
8. Critério de desempate:
a) Experiência em produção de eventos.
b) Experiência em eventos de arte e saúde.
9. Validade do edital
O presente Edital tem validade de 06 meses, a contar da data de publicação do resultado.
Prorrogável por mais 01 ano.
10. Local da entrevista
Os candidatos selecionados que tiveram suas inscrições homologadas, após a avaliação do
currículo, receberão no email cadastrado as informações sobre o local, data e horário das
entrevistas.
11. Remuneração
Bolsa de extensão no valor de R$ 1.560,00 mensais (mil quinhentos e sessenta reais).
12. Recursos
O prazo para a interposição de recursos são de 2 dias úteis após a publicação do resultado
final. Os recursos devem ser encaminhados o email: qualisensicaruaru@gmail.com
13. Casos omissos
Casos omissos nesse edital devem ser tratados pelos professores e professoras vinculadas ao
LABSHEX e ao Prêmio InovaSUS.
Caruaru, 20 de dezembro de 2017.
Eline Gomes de Araújo
Coordenadora do Laboratório de Sensibilidade Habilidade e Expressão (LABSHEX)
ANEXO 1
1. Justificativa do projeto
O desafio de organizar o Projeto Político Pedagógico do Curso por competência centrada
no perfil do egresso e no desenvolvimento de habilidades e atitudes que requerem uma
articulação de conhecimentos cognitivos com a destreza psicomotora e afetividade levou a um
questionamento da eficácia de uma formação pautada exclusivamente pela racionalidade
tecnocientífica. Soma-se a estas questões o acúmulo de diversos autores no que toca o limite
desta racionalidade na ciência pós-moderna, na visão de ser humano, dos processos de saúde
e produção de vida.
Visando fazer face ao desenvolvimento de um caminho pedagógico que reconcilie o
pensamento, a produção do conhecimento e o processo ensino-aprendizagem com a
complexidade da teia da vida e da produção de saúde através de uma educação holística,
buscou-se estratégias para a incorporação da sensibilidade na formação profissional através da
criação do Laboratório de Sensibilidade, Habilidade e Expressão (LABSHEX).
Este tem como objetivo construir competência clínica articulando o processo de produção
coletiva de conhecimentos e do saber-fazer com a sensibilidade, expressão e comunicação
para o desenvolvimento de habilidades e atitudes clínicas saudáveis e humanizadas. O
LABSHEX busca o desenvolvimento de processos de estímulos da sensopercepção, da
consciência corporal, afetiva, de elaboração de sentimentos, emoções, ansiedades relativas ao
contato e vinculação com a comunidade. Neste ambiente pedagógico, os estudantes puderam
vivenciar semiotécnicas em um espaço protegido e sem haver treino em pacientes.
Apesar dos avanços ressalta-se que a proposta enfrenta resistência de alguns estudantes
diante das ansiedades de adquirirem técnicas de exames e procedimentos numa perspectiva
formativa tradicional. Nos seus desafios esta avaliação também revelou a dificuldade no perfil
e habilidades de professores para o desenvolvimento da proposta, haja visto não terem, na
sua maior parte, formação pedagógica para o trabalho com grupos, oficinas e uso das diversas
linguagens artísticas, lúdicas e culturais.
Considerando estas possibilidades e dificuldades/fragilidades apontadas nesta avaliação
reconhece-se a necessidade de estratégias de qualificação e expansão das ações do LABSHEX,
voltadas para os professores, estudantes e para além dos muros da universidade, para
trabalhadores e trabalhadoras da saúde, comunidade assim como uma articulação e troca de
experiência com outras instituições no país.
Pretende-se fortalecer o processo de inserção da sensibilidade na formação médica e na
educação permanente dos profissionais de saúde através de vivências, momentos de trocas e
aprofundamentos dos referenciais teóricos e metodológicos. Ainda buscar-se-á ampliar a
interação com a comunidade dos serviços onde os estudantes estão inseridos, favorecendo à
vivência de novas formas de cuidar e promover à saúde.
As ações previstas foram pensadas a partir de demandas que foram identificadas ao longo
do trabalho desenvolvido no LABSHEX nos últimos dois anos visando qualificar e expandir suas
ações e o seu público.
Incorporar a dimensão da sensibilidade nos processos educativos e trabalhar com grupos
exige que novas competências pedagógicas sejam desenvolvidas pelos facilitadores dos
processos. Isto porque o despertar das sensibilidades demanda um processo educativo que vai
além da transmissão de conhecimentos através das dimensões cognitivas racionais,
valorizando o sensível por meio de vivências corporais, artísticas, culturais e lúdicas, onde as
oficinas e o trabalho em grupo têm se apresentado como excelente percurso pedagógico.
Assim, a educação permanente dos professores do laboratório para desenvolver tais
habilidades é uma importante estratégia para a incorporação das dimensões do sensível no
processo educativo visto que historicamente as dimensões que envolvem a sensibilidade
foram alijadas da academia e não fizeram parte do percurso formativo da maior parte destes
profissionais.
A realização de oficinas artísticas, culturais, lúdicas e de práticas integrativas visa a
incorporação da sensibilidade no processo educativo dos futuros profissionais médicos e
enseja experiências de autoconhecimento, as quais interferem de modo significativo na
qualidade das relações do ser com o mundo que o cerca. O LABSHEX parte do princípio de que
é preciso olhar para si para se acessar os sentidos do cuidar de si, os quais inevitavelmente
reverberam no cuidar do outro. As práticas integrativas em saúde permitem que os indivíduos
sejam acolhidos enquanto seres complexos que conjugam dimensões físicas, psíquicas,
espirituais e energéticas. A abordagem holística do ser humano propicia a harmonia destas
esferas resultando na prevenção de somatizações de questões negligenciadas por meio de
doenças. Portanto, a importância da escolha estratégica deste caminho se pauta no vislumbre
de uma formação integral do profissional, valorizando o desenvolvimento de suas dimensões
éticas, estéticas e políticas.
Com a realização de oficinas nas comunidades onde os estudantes atuam corrobora-se para
o acesso à instância do sensível, permitindo a experiência do humano em tempos de
mecanização dos corpos e automatização dos gestos e comportamentos. Participar de
atividades artísticas, culturais e lúdicas estimula a elaboração de um pensar que articula de
modo não hierarquizado razão e emoção, culminando na ampliação de mundo. Estas ações
permitem aproximar a comunidade e os agentes de saúde, melhorando os processos
comunicativos e relacionais entre eles. Acrescenta-se que a arte tem a potencialidade de ser
agenciadora de processos de resiliência e elaboração psicoemocional de experiências
dolorosas e de uma maior compreensão de si e do outro. Assim, ainda permite a vivência de
cuidar de si, cuidar do outro e de promover à saúde a partir de novas racionalidades e de
produção coletiva de novos conhecimentos de si, do mundo que se vive e dos processos de
vida e saúde. Sendo a saúde, em seu conceito mais amplo, compreendida como integrante da
complexidade humana, a produção de significados e ações potenciais produtoras de saúde,
envolvem o ato de criar e a sensação de pertencimento em diferentes gradações e dimensões.
Assim, um processo de imersão com artistas de Dança, Artes Cênicas, Performance, Música,
Artes visuais, plásticas, Contação de histórias, Palhaçaria, dentre outros, a partir de residências
artísticas de curta duração pode ativar caminhos e estratégias junto à população local e a
comunidade acadêmica para a prática do sensível e a abordagem integral da pessoa.
Por fim, ainda vale ressaltar que diante do atual paradigma de humanização das relações
nos serviços de saúde, preconizado pela Organização Mundial da Saúde e pelo Ministério da
Saúde, surgiram algumas iniciativas que buscam incorporar a dimensão do sensível nos
currículos das graduações e na educação permanente dos profissionais de saúde. Algumas
destas ações foram mapeadas e demonstraram que cada uma delas teve um percurso
específico com dificuldades e descobertas cujo compartilhamento contribuirá para a
construção de um pensamento coletivo acerca do papel social e das possibilidades de
desenvolvimento dos laboratórios de sensibilidades em âmbito nacional. A realização do
encontro de âmbito nacional dará visibilidade a estas iniciativas, o que pode servir de mola
propulsora para o surgimento de outros empreendimentos do gênero assim como estimular a
produção acadêmica de marcos teóricos e metodológicos que lhes deem suporte acadêmico e
vivencial.
1.2 Fundamentação Teórica
O desafio colocado pelas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em
Medicina de 2001 e reatualizadas em junho de 2014 (BRASIL, 2001 e 2014) de organizar o
Projeto Político Pedagógico do Curso por competência centrada no perfil do egresso e no
desenvolvimento de habilidades e atitudes requerem uma articulação de conhecimentos
cognitivos com a destreza psicomotora e afetividade, levou a um questionamento da eficácia
de uma formação pautada exclusivamente pela racionalidade tecnocientífica. Soma-se a estas
questões o acúmulo de diversos autores no que toca o limite desta racionalidade na ciência
pós-moderna, na visão de ser humano, dos processos de saúde e produção de vida.
No entanto, faz-se necessário reconstruir a racionalidade que é hegemônica na formação
médica. Capra (1983) ressalta que a biomedicina foi erigida por uma racionalidade
instrumental que separa corpo e mente, construindo um saber objetivo e neutro,
desvalorizando as demais formas de conhecer. Duarte Júnior (2000) reforça esta crítica
apontando os impactos desta racionalidade que vê a realidade objetualizada, corpos que são
tidos como máquina e o adoecimento como mau funcionamento desta máquina, como
consequência a cura se traduz no reparo desta máquina, fazendo-se valer de métodos de
tratamento que não reconhecem a pluralidade do processo saúde doença, os quais envolvem
complexas imbricações de fatores subjetivos, culturais, sociais e ambientais.
Esta racionalidade que rege a formação médica hegemônica impacta não só a relação
médico paciente, como a própria saúde dos profissionais. Ramos-Cerqueira e Lima (2002)
aponta como uma das causas do adoecimento de médicos e estudantes de medicina a falta de
preparo para enfrentar as questões sensíveis que envolvem o processo saúde/doença que
levam os profissionais e estudantes a terem problemas tanto na relação com os seus pacientes
como consigo mesmo.
Neste sentido que buscamos a construção de uma ciência que traga visão integral do ser
humano e da vida. Mafesoli (1998) aponta para a necessidade recantar a ciência pelos sentidos
da vida, uma razão sensível. Duarte Júnior (2000) se reporta este caminho de despertar o
sensível tem sua fundação no corpo.
“Sem dúvida, há um saber sensível, inelutável, primitivo, fundador de todos os demais
conhecimentos, por mais abstratos que estes sejam; um saber direto, corporal, anterior às
representações simbólicas que permitem os nossos processos de raciocínio e reflexão. E será
para essa sabedoria primordial que deveremos voltar a atenção se quisermos refletir acerca
das bases sobre as quais repousam todo e qualquer processo educacional.” (DUARTE JÚNIOR,
2000, p.14).
Pereira e Bonfim (2006) apontam que as propostas que dão conta desta visão
integralizadora ao incorporarem a corporeidade e a sensibilidade são mais significativas.
Jacques Gauthier propõe na sócio-poética uma proposta pedagógica que integra as várias
dimensões do ser: emoção, sensibilidade, sensualidade, sexualidade, desenvolvimento
artístico e espiritualidade.
Nesse desenvolvimento de um caminho pedagógico que reconcilie o pensamento, a
produção do conhecimento e o processo ensino-aprendizagem com a complexidade da teia da
vida e da produção de saúde através de uma educação holística, se buscaram estratégias para
a incorporação da sensibilidade na formação profissional através da criação do LABSHEX
(Laboratório de Sensibilidade, Habilidades e Expressão). Assim construindo a competência
clínica e articulando o processo de produção coletiva de conhecimentos e do saber-fazer com
a sensibilidade, expressão e comunicação para o desenvolvimento de habilidades e atitudes
clínicas saudáveis e humanizadas.
Por fim fortalecendo o processo de inserção da sensibilidade na formação médica e na
educação permanente dos profissionais de saúde através de vivências, momentos de trocas e
aprofundamentos dos referenciais teóricos e metodológicos.
1.3 Objetivos
a. Geral
Fortalecer o processo de inserção da sensibilidade na formação médica e na atuação dos
atores que a envolvem, quais sejam, professores e profissionais da rede, através de vivências,
momentos de trocas e aprofundamentos dos referenciais teóricos e metodológicos, e ampliar
a interação com a comunidade dos serviços onde os estudantes estão inseridos, favorecendo à
vivência de novas formas de cuidar e promover à saúde.
b. Específicos
. Fortalecer a prática pedagógica dos professores;
. Fortalecer a incorporação da sensibilidade no processo educativo e agenciar
experiências de autoconhecimento;
. Aumentar a aproximação dos estudantes com a comunidade e propiciar vivências de
novas racionalidades no cuidado e promoção da saúde;
. Favorecer a troca de vivências com a cultura local e articulá-las ao processo formativo
do estudante de medicina;
. Mobilizar, articular e socializar produção de conhecimento, experiências e vivências de
incorporação das dimensões sensíveis no processo de ensino aprendizagem na graduação e
educação permanente através da realização de um Encontro Nacional.
1.4 Metodologia e Avaliação
Propor uma avaliação sobre o sensível nas relações humanas, com foco nos processos
pedagógicos de graduação e nas práticas em saúde, será sempre insuficiente, entendendo a
complexidade e a transdisciplinaridade de um tema tão vivo. Sendo assim, entendemos que o
que será proposto é apenas um recorte ou uma “fotografia” de algo que pode ressoar ou
reverberar por outros caminhos que, dada sua complexidade, demanda um projeto de
pesquisa específico a ser elaborado no futuro.
Todavia há a necessidade de avaliar as ações propostas, e a partir deste entendimento e
das limitações desta avaliação, propomos o uso de dados quantitativos e qualitativos como
indicadores e a avaliação interativa como forma de avaliar o subjetivo. A base da avaliação
qualitativa será a ação, a interação e o diálogo. Em todas as etapas do projeto a avaliação
incluirá:
a) Número de oficinas ofertadas e número de participantes em cada;
b) Frequência, diversidade e qualidade de utilização do sensível em oficinas nos módulos
de todos os anos (através de avaliação comparativa dos planos de curso e planos de módulos);
c) Cada momento do projeto terá uma avaliação por métodos condizentes com a
proposta, seja numa oficina, num evento, numa reunião, ou mesmo na residência artística.
Assim, recursos como contação de histórias, fotografia, coreografia, produção de vídeo,
podem ser instrumentos de avaliação. As impressões do(a) relator(a) comporão este momento
avaliativo;
d) Avaliação de portfólio de todos os participantes a ser construído a cada atividade do
projeto (exceto para o Encontro Nacional), como fonte de dados qualitativos para avaliação do
processo ensino-aprendizagem e do uso do sensível.
Além dos relatórios parciais e finais a serem entregues à OPAS, a divulgação dos resultados
à comunidade geral se dará periodicamente por meio de site do projeto e do Encontro
Nacional a ser realizado pelo projeto. Abaixo alguns indicadores a serem utilizados na
avaliação.
1.5 Relação Ensino, Pesquisa e Extensão
Visando relacionar o projeto com atividades de ensino, foram previstas atividades com
formação de professores do curso visando aumentar suas habilidades pedagógicas para o
ensino da medicina que envolva o sensível.
A formação de estudantes em linguagens artísticas e culturais visará tanto o
desenvolvimento de ações educativas pelos estudantes nas unidades de saúde onde já estão
inseridos nas suas práticas de saúde, beneficiando as pessoas da comunidade que são usuárias
destes serviços como incorporar as dimensões do sensível em suas futuras práticas
profissionais. Neste sentido, também serão ofertadas oficinas de práticas integrativas e
cuidado de si para os estudantes e comunidade de Caruaru e será realizada a Residência
Artística com estudantes e pessoas da comunidade onde a residência acontecerá. O Encontro
Nacional de Incorporação da Sensibilidade no Ensino Médico visará fortalecer as ações
desenvolvidas a partir da troca de experiência com a comunidade acadêmica dos cursos de
saúde do país, ampliando o público beneficiário deste projeto com as pessoas envolvidas no
Encontro e potencialmente com as ações que desenvolverão ao retornarem para as
universidades onde estão inseridos. Além das atividades que foram descritas acima, espera-se
estimular a produção do conhecimento, articulando assim, atividade de ensino, extensão e
pesquisa.
1.6 Avaliação
Pelo Público
Inicialmente serão mapeadas as práticas e necessidades dos docentes e estudantes quanto
a incorporação das diferentes linguagens que abordam o sensível nas atividades do laboratório
e intervenções na comunidade. Em momento posterior ao desenvolvimento das ações será
aplicado instrumento de avaliação dos participantes. Também será realizado o registro das
atividades e acompanhamento das atividades de incorporação destas linguagens pelos
professores e estudantes na comunidade durante a vigência do projeto. Para tanto, serão
construídos indicadores para avaliação do projeto, relatórios das atividades desenvolvidas,
relatórios financeiros do projeto, relatório final de avaliação dos impactos do projeto.
Pela Equipe
Durante todas as fases de execução do projeto serão realizadas reuniões periódicas visando
a avaliação coletiva da equipe de execução. A equipe de execução também irá realizar
relatório de atividades trimestrais com avaliação qualitativa e quantitativa tanto em relação a
execução do projeto como da sua participação.
1.7 Sobre o Prêmio InovaSUS:
Para saber mais sobre o projeto e a premiação, acesse:
https://cursos.atencaobasica.org.br/evento/17140
1.8 Referências Bibliográficas:
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação
Superior. Resolução CNE/ CES nº4, de 7 de novembro de 2001. Institui diretrizes
curriculares nacionais do curso de graduação em Medicina. Diário Oficial da União.
Brasília, 9 nov. 2001; Seção 1, p.38.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação
Superior. Resolução CNE/ CES nº116, de 3 de abril de 2014. Institui diretrizes curriculares
nacionais do curso de graduação em Medicina. Diário Oficial da União. Brasília, 6 de jun,
de 2014; Seção 1, p.17.
CAPRA, F. O tao da física: um paralelo entre a física moderna e o misticismo Oriental. São
Paulo: Cultrix, 1983. 260 p.
COSTA, Thais Almeida. A noção de competência enquanto princípio de organização curricular.
RevBras de Educação. Maio /Jun /Jul /Ago 2005 No 29. P 53-63. Disponível em: Acesso em
nov 2014.
DELUIZ, N. O Modelo das Competências Profissionais no Mundo do Trabalho e na Educação:
Implicações para o Currículo. Bol Técnico Senac. [periódico na internet] 2001; 27(3).
Disponível em: . Acesso em: nov. 2014
DUARTE JÚNIOR, João Francisco. O Sentido dos Sentidos: a Educação (do) Sensível. Tese de
Doutorado, Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP, Campinas, 2000. Disponível
em: . Acesso em: ago. 2014.
FRASER, Sarah W; GREENHALGH Trisha Copingwith complexity: educating for capability.
Educationand debate. BMJ VOLUME 323 6 OCTOBER 2001. p. 799-803.
GAUTHIER, J. Carta aos caçadores de saberes populares. In: COSTA, M. V. (Org.). Educação
popular hoje. São Paulo: Loyola, 1997. p. 181-209.
LIMA, Valéria Vernaschi. Competência: distintas abordagens e implicações na formação de
profissionais de saúde. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, vol. 9, núm. 17, marzo-
agosto, 2005, pp. 369-379. Disponível em: Acesso em: set 2014
MAFFESOLI, Michel. Elogio da razão sensível. Petrópolis, Editora vozes, 1998. 196p.
OLIVEIRA, Maria Verônica Araújo de Santa Cruz. A educação em saúde para além das palavras,
um encontro com o sentir. In: RODRIGUES, L. D.; VASCONCELOS, E. M. (Org.). Novas
configurações em movimentos sociais, vozes do Nordeste. João Pessoa: Ed. Universitária,
2000. p. 95-115.
PEREIRA, Lucia Helena Pena; BONFIM, Patrícia Vieira. A Corporeidade e o Sensível na Formação
e Atuação Docente do Pedagogo. Contexto e Educação. Ano 21 nº 75 Jan./Jun. 2006. p.
45-68.
PORTO, CelmoCeleno; PORTO, Arnaldo Lemos (org). Exame Clínico. 7.ed. Rio de Janeiro.
Guanabara Koogan, 2013. 552p. 376p.
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SANTOS, Wilton Silva dos. Organização curricular baseada em competência na educação
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http://www.scielo.br/pdf/rbem/v35n1/a12v35n1.pdf>. Acesso em: nov. 2014.
STEWART, Moira. Towards a global definition of patient centred care: The patient should be
the judge of patient centred care. BMJ VOLUME 322 24 FEBRUARY 2001.
STEWART, Moiret al. Medicina Centrada na Pessoa: transformando o método clínico. 2a.ed.
Porto Alegre. Artmed, 2010. 376p.
UFPE-Universidade Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico do Agreste, Núcleo de Ciências
da Vida, Curso de Medicina. Projeto Pedagógico do Curso de Medicina. Caruaru, 2014.
Contato Contato
Gestores Gestores
Profº Fabrício Bradaschia
Coordenador do curso de Engenharia de Controle e Automação
coordenacao.automacao@ufpe.brUniversidade Federal de Pernambuco - UFPE
Centro de Tecnologia e Geociências - CTG
Departamento de Engenharia Elétrica - DEE
Avenida da Arquitetura, s/n, Cidade Universitária
Recife - Pernambuco - Brasil CEP 50740-550