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Documentário destaca relevância da obra do arquiteto e professor aposentado Wandenkolk Tinoco

Filme do arquiteto Bruno Firmino foi viabilizado por meio do edital Funcultura Audiovisual

A obra do arquiteto Wandenkolk Tinoco, professor aposentado da UFPE, é tema do documentário “Wandenkolk Tinoco: entre o verde e a sombra”, roteirizado e dirigido pelo arquiteto e urbanista Bruno Firmino, aluno do mestrado do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Urbano (MDU) da UFPE. 

O filme, foi viabilizado através do edital público pernambucano Funcultura Audiovisual, traz um paralelo entre as ideias e a produção do arquiteto pernambucano, figura fundamental no desenvolvimento da arquitetura com linguagem moderna no Nordeste do Brasil – especialmente em Pernambuco – através de suas atividades como projetista e professor universitário.

Com o documentário, tenta-se quebrar o silêncio sobre a arquitetura pernambucana, que outrora chamou atenção pela sua capacidade de conciliar o pensamento modernista ao modo de construir local, com soluções construtivas que perfazem a tradição: jardineiras, varandas, azulejos, cobogós, além de saques, reentrâncias e vegetação como elementos compositivos e de proteção da incidência solar. Tudo isso somado a suave relação entre espaço privado e público, produzindo o edifício sem prejuízo à cidade. 

Sinopse:

Das silenciosas sombras às linhas que atravessam ideias e obras do arquiteto Wandenkolk Tinoco

Foram muitos os projetos elaborados por Wandenkolk Tinoco desde sua formatura no final da década de 1950 pela Escola de Belas Artes de Pernambuco: residências, edifícios institucionais e edifícios residenciais, além de pinturas e esculturas. Afora sua prática como arquiteto de prancheta, Wandenkolk atuou por diversos anos como professor no curso da Faculdade de Arquitetura do Recife, que viria a se tornar mais tarde curso integrante da Universidade Federal de Pernambuco.

Esta vivência pedagógica serviu como ferramenta de projeto em sua trajetória profissional, onde é possível ver um apuro volumétrico, a partir de uma arquitetura bastante própria, que se percebe uma coesão que relaciona o clima local com soluções construtivas que perfazem a tradição: jardineiras, varandas, azulejos, cobogós, além de saques, reentrâncias e vegetação como elementos compositivos e de proteção da incidência solar. Outro aspecto importante é a suave relação entre espaço privado e público, produzindo o edifício sem prejuízo à cidade.

Wandenkolk e outros arquitetos pernambucanos possuem raros materiais sobre suas produções, apesar da importância na contribuição do desenvolvimento de uma arquitetura moderna com ares locais, valendo ressaltar que a maioria dessa pequena produção não conseguiu romper as fronteiras das pesquisas e colóquios acadêmicos. Fora desse contexto, aparecem as poucas matérias publicadas em revistas especializadas. Neste aspecto vale a crítica à visão curta dos editoriais que não se esforçam em enxergar produções realizadas fora do eixo sul-sudeste e a ausência de uma produção editorial local. Assim sendo, nossa arquitetura vai passando de forma silenciosa pelo tempo, sem o merecido registro e olhar crítico que possíveis publicações e registros poderiam gerar, além de estar presente na cidade de forma anônima, sem que conheçamos quem são seus autores.

O documentário Wandenkolk vem para quebrar o silêncio sobre a arquitetura pernambucana, atualmente propalada apenas pelos empreendimentos imobiliários, deixando uma lacuna sobre a produção moderna, que outrora chamou atenção pela sua capacidade de conciliar o pensamento modernista ao modo de construir local. Entre os responsáveis por esse momento está Wandenkolk Tinoco; bastante festejado entre os arquitetos, porém, desconhecido do público em geral.

Hoje a atuação do mercado imobiliário é vista como grande predadora da qualidade urbana das cidades, mas este modelo de mercado já foi diferente, com construtoras interessadas em obras com qualidade construtiva e uma boa relação do edifício com a cidade. É neste tema que a obra de Wandenkolk ganha o maior destaque, principalmente, através da série de edifícios batizados com o termo “Villa” produzidos na década de 70 pelo Recife e Região Metropolitana. 

Com o documentário passeamos sobre a tênue linha que liga as ideias às obras através do registro de alguns exemplares, abordando o arquiteto sobre suas concepções arquitetônicas dentro do seu ambiente de trabalho, que também lhe serve de moradia, encrustado na margem do Rio Capibaribe no sossegado bairro da Várzea no Recife.

Dentro da velocidade cotidiana, onde o espaço urbano vira cenário de passagem, nada mais justo do que desacelerar o olhar; desfazendo a presença anônima da produção de Wandenkolk e circulando suas obras e ideias que formam a intensa elegia da arquitetura ao lugar.

Versões

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Em espanhol 

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Data da última modificação: 22/02/2018, 14:09

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