Com base em dados do Ministério da Saúde e do portal Our Word in Data, processados no software R Statistical e analisados por uma equipe de docentes e especialistas da UFPE, da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) e do Instituto de Criminalística de Pernambuco, no próximo domingo (26) o Brasil vai ter registrados cerca de 57.589 casos detectados e, aproximadamente, 4.040 óbitos de paciente com Covid-19. A estimativa, assim como outras elaboradas semanalmente pelo grupo, alimenta plataformas públicas e privadas com o objetivo de contribuir com o processo de tomada de decisão e alocação de recursos públicos para o enfrentamento da pandemia do coronavírus.

Desde o início da pandemia, os docentes Dalson Figueiredo, Antônio Fernandes, Lucas Borba e Enivaldo Rocha, todos do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da UFPE (PPGCP), juntamente com o perito Diego Henrique, do Instituto de Criminalística de Pernambuco (IC-PE), e o estatista, médico e professor Lucas Silva, da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), estão enviando suas análises para portais como Academia.edu, Researchgate, Google scholar, ORCID ID, Lattes, Métodos Quantitativos em Ciência Política (Editora Intersaberes, 2019) e Observatório Covid-19 da UFPE, entre outros. “Os resultados das nossas projeções vêm correspondendo às médias dos dados reais, o que nos traz um feedback muito positivo”, afirma o professor Dalson.

Com os recortes por unidades da federação, o grupo prevê, também para o próximo domingo (26), a soma de todos as mortes por Covid-19 para os estados do Amazonas, Ceará, Pernambuco e São Paulo, que chegarão, respectivamente, a 248, 275, 333 e 1.171. Já o total de pessoas detectadas com o novo coronavírus nesses estados segue a seguinte projeção: Amazonas (2.878), Ceará (4.952), Pernambuco (4.129) e São Paulo (18.506). “Vimos nos contatando por Skype ou WhatsApp e, mesmo a distância, aplicamos técnicas estatísticas para modular os dados e, assim, dar nossa contribuição nesse momento”, explica Dalson.

RESTRIÇÃO – No relatório, os pesquisadores apontam as adversidades encontradas no processamento e análise dos dados para fazer a projeção, como a quantidade extremamente limitada de testes e a baixa confiabilidade dos dados (erros aleatórios e sistemáticos de mensuração). Quanto aos impactos provocados pela pandemia, diz o documento: “Economicamente, a magnitude exata das perdas ainda é incerta, mas os efeitos fiscais e orçamentários de curto e longo prazo indicam que estamos caminhando para a maior recessão da história contemporânea” e, ainda, “o FMI estima uma retração de 3% no PIB mundial. Nos Estados Unidos, a redução esperada é de 5,9%. Para o Brasil, a estimativa de queda é de 5,3%”.