O evento, que transcorre no auditório de Antropologia, no 13º andar do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH)
Teve início hoje (25) e prossegue até a próxima sexta (27) a VIII Jornada de Estudos Sobre Etnicidade, uma promoção do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Etnicidade (Nepe), grupo vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia da UFPE, tendo como eixo principal de discussão as “Políticas Públicas e Resistências Étnicas”. O evento, que transcorre no auditório de Antropologia, no 13º andar do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), vai desenvolver a temática em quatro painéis, que abordarão as problemáticas envolvidas na relação entre o Estado e as populações etnicamente diferenciadas e os desafios atuais na implementação de políticas – ambientais, territoriais, culturais, de saúde e educação.
Na programação, estão previstas a participação de professores convidados como Carlos Alberto Cirino, do Instituto se Antropologia da UFRR, que fará a conferência de abertura sobre a questão atual dos povos Waimiri-Atroari e as questões ambientais que afetam essa população; professor Louis Forline, da Universidade o Reno (USA) e que participará da conferência de encerramento da jornada intitulada “Populações Indígenas e Tradicionais e as Políticas de Reconhecimento: um exemplo a partir do povo Awá e o Mosaico Gurupi”.
Ainda participam Paride Bolletin, professor visitante no PPGA/UFBA, Honorary Research Fellow no Department of Anthropology da University of Durham (UK). Os quatro painéis da jornada serão coordenados pelos professores Edwin Reesink, Renato Athias, Ângela Sachi e Alexandre Gomes do Nepe.
Determinados programas e políticas têm sido elaborados considerando as especificidades dos grupos étnicos, contudo, em sua maioria, são formulados e executados de modo homogêneo, desconsiderando a diversidade da população brasileira, composta por indígenas, negros, quilombolas, ciganos, entre outros segmentos. O modelo econômico neoliberal de cunho universalista, baseado na ideia de desenvolvimento, produz impactos socioambientais para as populações etnicamente diferenciadas. E o não reconhecimento por parte do Estado diante da diversidade de saberes e práticas dos diferentes grupos tem se traduzido na negação de direitos a estes grupos.
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