A educação superior e a formação docente foram debatidas, na manhã de hoje (18), durante seminário comemorativo ao Dia do Professor. O evento, promovido pela Pró-Reitoria para Assuntos Acadêmicos (Proacad) e pelo Núcleo de Formação Continuada Didático-Pedagógica dos Professores da UFPE (Nufope), foi realizado no Auditório Denis Bernardes, no Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) da UFPE, no Campus Recife.

Foto: Passarinho

Márcia Melo, Eleta Freire e José Batista Neto, na mesa dos debates

O encontro teve como objetivo principal reunir professores para a discussão sobre a docência, as ferramentas para lidar com o ensino superior, além fazer uma reflexão da prática e da identidade docente na perspectiva da universidade, entre outras questões. A programação contou com duas palestras e debate entre os participantes. A coordenação da mesa foi da diretora de Desenvolvimento do Ensino da Proacad, professora Eleta Freire.

A coordenadora do Nufope, professora Márcia Melo, abordou o tema “A docência na universidade: desafios e reconfigurações político-pedagógicas para o seu desenvolvimento entre ensino, pesquisa e extensão”, com foco na questão da docência pela perspectiva da pedagogia universitária. “Nessa pedagogia universitária e nessa docência, inserem-se as questões do ensino, da pesquisa e da extensão dentro de uma visão de uma docência ampliada e contextualizada”, explicou. Para ela, o evento foi mais um espaço para profissionalizar a docência na universidade, numa conversação entre o mundo do público e o mundo do privado.

Já o professor José Batista Neto, do Departamento de Métodos e Técnicas de Ensino do Centro de Educação (CE), palestrou sobre “Formação continuada: desafio da docência ou ferramenta para enfrentamento dos desafios?”. Ele defendeu a necessidade de manter a formação ao longo dos anos de exercício profissional. “Como temos uma longa carreira na docência, é necessário permanecermos realizando estudos no sentido não somente de nos atualizarmos, mas também para dar conta dos desafios da nossa própria prática docente, da prática pedagógica, que são contínuos, que se renovam”, afirmou. Para ele, a formação continuada, baseada na reflexão em suas diversas vertentes, é uma das formas de buscar possíveis respostas a esses desafios.

De acordo com o pró-reitor para Assuntos Acadêmicos da UFPE, professor Paulo Goes, existe uma demanda social pela profissão de professor, com a procura pelos cursos de licenciatura na Universidade. No entanto, é preciso reconfigurar a carreira do docente. “A carreira do professor é uma carreira a ser estruturada tanto na educação básica, quanto no nível médio e no nível superior. E isso também precisa ser objeto de reflexão, embora não seja a única variável que é levada em conta na hora de escolher uma profissão, mas é uma das determinantes”, disse.

Sobre a atuação do docente nos tempos atuais, o pró-reitor explanou que “o papel do professor é o mesmo de sempre: que é de ser um grande facilitador na busca do conhecimento, na construção da formação do cidadão integral, como pessoa, como profissional, nas diferentes perspectivas. Então esse papel apenas passa a ser potencializado com as tecnologias, facilitado para dialogar com a nova geração”.