Voltar

Universidade inaugura placa indicativa da pedra fundamental do Campus Recife

Construção do campus do Recife, iniciada em 1948, começou após uma longa discussão sobre a localização da obra

Quando a Universidade do Recife (UR) foi fundada, em 1946, há 73 anos, não havia ainda um espaço físico para abrigar todos os cursos em um só local. Foi em 1948, dois anos depois, que teve início a construção da Cidade Universitária, que viria a se tornar o Campus Recife da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), quando foi integrada ao grupo de instituições federais do novo sistema de educação do país. A pedra fundamental que marcou o início da obra vai receber uma placa comemorativa na próxima segunda-feira (19), às 9h, no Departamento de Nutrição.

Foto: Passarinho

Primeira construção se deu onde funciona o Departamento de Nutrição

A iniciativa do Campus Recife partiu do professor Joaquim Amazonas, primeiro reitor da UFPE. A construção começou após uma longa discussão sobre a localização da obra. Entre os lugares cogitados estavam terrenos nos bairros de Joana Bezerra, Santo Amaro, Ibura, Centro do Recife e um loteamento na Várzea, onde funcionou o antigo Engenho do Meio, que foi a localização escolhida. O primeiro prédio construído se destinava a abrigar o biotério, espaço destinado à criação de animais que não chegou a funcionar, na área onde atualmente está o Departamento de Nutrição.

A concepção do projeto arquitetônico foi do arquiteto veneziano Mário Russo, que viveu na capital pernambucana de 1948 a 1956 e foi objeto do livro “Mario Russo: um arquiteto italiano racionalista em Recife”, da professora Renata Campello Cabral, do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFPE. Ele veio à cidade para lecionar na Escola de Belas-Artes de Pernambuco e foi convidado por Joaquim Amazonas para o cargo de chefe do Escritório Técnico da Cidade Universitária. O arquiteto não participou da escolha da localização, mas defendeu a ideia.

“Ele defenderá a localização da Cidade Universitária na periferia da zona urbana, mesmo não tendo participado da escolha do terreno; conceberá o plano urbanístico do campus e projetará algumas de suas unidades didáticas”, explica a professora no livro. “A importância da localização da Cidade Universitária na periferia é a de servir, segundo o arquiteto, como atrativo para o crescimento da cidade em direção aos seus próprios limites urbanos”, completa. Segundo a professora, o agrupamento dos setores da Universidade permanece em grande parte como dimensionado originalmente.

Data da última modificação: 16/08/2019, 13:39