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Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente (PPGSCA) promove defesa de dissertação no dia 23

A defesa ocorrerá às 9h, no 1° andar do Auditório 2, localizado no prédio das Pós-Graduações do CCM

A estudante Jéssica Noronha Brito, do Programa de Pós Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente (PPGSCA) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), defende a dissertação de mestrado “Efeito de orientações de comportamentos maternos de sincronia e terapia manual no número de regurgitações em lactentes saudáveis e na ansiedade materna”. A defesa será no dia 23 deste mês, às 9h, no 1° andar do Auditório 2, localizado no prédio das Pós-Graduações do CCM.

A discente foi orientada pela professora Margarida Maria de Castro Antunes, com coorientação da professora Giselia Alves Pontes da Silva. A banca examinadora será composta pelas professoras Kátia Galeão Brandt (PPGSCA), Marília de Carvalho Lima (PPGSCA) e Gisela Rocha de Siqueira (Departamento de Fisioterapia). 

Resumo

Introdução: A ocorrência de Regurgitação Infantil (RI) pode ser explicada por fatores relacionados ao lactente, como a imaturidade do sistema digestório, o desenvolvimento do controle fome-saciedade e também por comportamentos maternos inadequados associados à superalimentação do bebê. Esta condição frequentemente leva ao uso excessivo de medicações e gera ansiedade nos pais. O uso de condutas não farmacológicas faz-se necessário e a terapia manual (TM), através do seu efeito sobre o sistema nervoso autônomo (SNA), pode ser uma possibilidade de conduta nestes casos. Objetivos: Verificar o efeito de orientações de comportamentos maternos de sincronia e de um protocolo de terapia manual sobre o número de regurgitações de lactentes saudáveis e a ansiedade materna. Métodos: Ensaio clínico, simples cego, randomizado e controlado com dupla intervenção em díades de mães e lactentes saudáveis que apresentavam duas ou mais regurgitações em 24 horas. As díades foram randomizadas em grupo intervenção (GI) e grupo controle (GC). Ambos os grupos receberam a intervenção de orientações de comportamentos maternos de sincronia com olhar, vocalização e toque através de massagem realizada pela mãe. Ao GI foi aplicado um protocolo de terapia manual, com técnicas do método Busquet, nas inserções diafragmáticas anteriores, região epigástrica e coluna vertebral. Os desfechos avaliados foram número de regurgitações nas últimas 24 horas, média do número de regurgitações no registro de três dias, percepção materna sobre redução das regurgitações e ansiedade materna através do inventário de ansiedade IDATE – estado. Resultados: Foram acompanhadas 26 díades, perfazendo 12 no GI e 14 no GC. Em ambos os grupos houve redução no número das regurgitações do 4o mês em relação ao 1o, tanto quando se considera regurgitação nas 24 horas (GI p=0,03 e GC p=0,04), quanto o registro de três dias (GI p=0,09 e GC p=0,05). Estas reduções foram observadas já no 2° mês no GI, tanto no número de regurgitações nas últimas 24 horas (p=0,03) quanto no registro de três dias (p=0,07) e na ansiedade materna (p=0,02), o que não foi observado no GC. Não houve uso de medicação para refluxo gastresofágico em nenhum grupo durante os quatro meses e os bebês do GI foram massageados por mais dias no 2° mês de vida que o grupo controle (p=0,06). Conclusão: O estudo sugere que díades de mães e bebês saudáveis que receberam orientações de comportamento materno de sincronia com vocalização, olhar e toque através de massagem apresentaram redução no número de regurgitações e na ansiedade materna no quarto mês pós-parto e que esta redução parece ser antecipada para o segundo mês quando a intervenção é associada a um protocolo de terapia manual sob as regiões diafragmática, epigástrica e coluna vertebral.

Mais informações
(81) 2126.8514

ppgsca@gmail.com

Data da última modificação: 16/05/2019, 14:22