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Pós-Graduação em Saúde da Comunicação Humana promove defesas de dissertação

Defesas ocorrerão no Núcleo de Telessaúde do Hospital das Clínicas (Nutes-HC/UFPE)

O Programa de Pós-Graduação em Saúde da Comunicação Humana da UFPE vai promover, amanhã (27), defesas de duas dissertações que abordam geometria orofaríngea, ambas a serem apresentadas no Núcleo de Telessaúde do Hospital das Clínicas (Nutes-HC/UFPE), conforme programação abaixo:

27/03 – às 13h

Título: “Geometria orofaríngea de indivíduos com a doença de Parkinson pré e pós exercício vocal com tubo de ressonância flexível”
Mestrando: Joice Maely Souza da Silva
Orientação: professora Zulina Souza de Lira
Coorientação: professora Adriana de Oliveira Camargo Gomes
Banca examinadora: professores Hilton Justino da Silva, Leonardo Wanderley Lopes e Maria das Graças Wanderley de Sales Coriolano, todos da UFPE.

Resumo

Histórico: A doença de Parkinson (DP) consiste na perda de neurônios dopaminérgicos da substância negra do mesencéfalo. Com o avançar da doença observam-se prejuízos consideráveis à comunicação, essencialmente na fonação. Objetivo: Verificar o efeito da técnica vocal com o tubo de ressonância flexível na geometria orofaríngea de indivíduos com DP. Métodos: Participaram do estudo 40 indivíduos (20 com DP e 20 saudáveis) entre 50 a 70 anos. Os registros ocorreram por etapas. Etapa 1: análise acústica por meio da emissão do fonema /e/ por 5 segundos e contagem de 1 a 10 no software Voxmetria®; etapa 2: avaliação da geometria orofaríngea utilizando o faringômetro acústico Eccovision®. Todos os participantes foram instruídos a selar os lábios ao redor da boquilha e inspirar habitualmente pelo nariz e, em seguida, expirar para captura das medidas; etapa 3: intervenção com o tubo de ressonância flexível com a emissão sustentada do fonema /u/ em tom habitual por 3 minutos; etapa 4: repetição imediata dos registros descritos nas etapas 1 e 2. Resultados: Não houve diferença após a intervenção para ambos os grupos. O controle masculino apresentou maiores valores da AJO e AG (pré x pós) intervenção. Após a intervenção, houve redução dos valores de shimmer, aumento do GNE e diminuição do ruído, no grupo caso feminino. Os valores de f0 (pré x pós) e desvio-padrão de f0 (pré) foram maiores no controle masculino, comparativamente ao caso; maiores valores de GNE e menores de ruído foram encontrados no grupo controle feminino comparativamente ao grupo caso, antes da intervenção. Conclusão: A geometria orofaríngea de indivíduos com a doença de Parkinson não se modifica após a execução da intervenção vocal.

27/03 – às 15h

Título: “Geometria orofaríngea e a voz em cantores após técnica com tubos de ressonância”
Mestrando: Kelly Greyce Sukar Cavalcanti de Oliveira
Orientação: professora Adriana de Oliveira Camargo Gomes
Coorientação: professora Zulina Souza de Lira
Banca examinadora: professores Hilton Justino da Silva Interno Fonoaudiologia e Jonia Alves Lucena, ambos da UFPE, e Leonardo Wanderley Lopes (UFPB)

Resumo

O objetivo deste estudo foi verificar o efeito imediato do tubo de ressonância flexível em água e da vibração sonorizada de lábios sobre a geometria orofaríngea de cantores sem sintomas vocais. Participaram desta pesquisa 22 cantores adultos, na faixa etária de 20 a 45 anos, sem sintomas vocais, avaliados por meio da Escala de Sintomas Vocais. Os participantes foram alocados em dois grupos, separados por técnica vocal realizada: sendo o grupo composto por cantores que realizaram o exercício do tubo de Ressonância Flexível (TRF) apresentando 12 cantores e o grupo que realizou a Técnica de Vibração Sonorizada de Lábios (TVSLb) composto por dez cantores. Como forma de avaliação, todos foram submetidos à análise da geometria orofaríngea por meio da faringometria acústica e, para análise da voz, foram extraídas as medidas acústicas de Jitter, Shimmer, GNE e Ruído por meio do programa VoxMetria®, antes e depois dos exercícios vocais. Observou-se como resultados que as mulheres apresentaram menor Comprimento da Cavidade Oral em comparação com os homens, tanto antes quanto depois do TRF e da TVSLb; os homens apresentaram maior Volume do Trato Vocal, após ambos os exercícios vocais; o Comprimento do Trato Vocal aumentou após o TRF; na avaliação acústica evidenciou-se melhora de GNE e ruído no grupo de cantores que realizou a TVSLb. Conclui-se, através dos resultados encontrados na geometria orofaríngea e na avaliação acústica, que o exercício do TRF exerce maiores modificações nas estruturas da orofaringe, enquanto que a TVSLb proporciona efeito importante e positivo sobre a qualidade vocal, estando mais relacionado à prega vocal, em cantores sem sintomas vocais.

Data da última modificação: 26/03/2019, 15:37