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Nanodosímetro desenvolvido na UFPE recebe Carta Patente do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI)

O invento vem sendo utilizado para o desenvolvimento de um sistema em que as pessoas poderão aferir sua produção de vitamina D através de UV solar

O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) concedeu Carta Patente ao equipamento “Dosímetro Imprimível para Radiação Ultravioleta”, desenvolvido em 2011 pelo professor Petrus Santa Cruz, do Departamento de Química Fundamental da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no âmbito das pesquisas realizadas no Laboratório LandFoton, vinculado ao DQF e coordenado pelo pesquisador. 

O reconhecimento com essa chancela oficial, segundo Petrus, reforça a estratégia do Grupo de Nanodispositivos Fotônicos e Bioinspirados de usar ferramentas da Indústria 4.0 para versões imprimíveis de dispositivos, em particular para a área de saúde. “A patente viabiliza a sua produção em escala com uma tecnologia disruptiva de dosimetria criada em nosso grupo a partir de Dispositivos Moleculares Conversores de Luz”, comemora.

Foto: Divulgação

Professor apresenta molécula que compõe o dosímetro molecular em Portugal, 2018

O pesquisador explica que o invento vem sendo utilizado para o desenvolvimento de um sistema em que as pessoas poderão aferir sua produção de vitamina D através de UV solar, verificando a produção cutânea como alternativa para suplementação oral desta vitamina; tudo isso através de monitoramento pessoal, evitando, também, riscos de câncer de pele. Nesse momento, segundo Santa Cruz, a empresa Outlier Tecnologia é parceira no projeto em que o Grupo LandFoton (DQF) atua, em conjunto com o Grupo Core, do Centro de Informática da UFPE (CIn). O projeto faz parte do Programa SibratecNano (Finep), sendo gerenciado administrativamente pela Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da UFPE (Fade).

Para Petrus, o uso massivo dessa tecnologia será uma ação para um futuro pós-pandemia, pois as pessoas precisaram reduzir sua exposição ao sol devido ao necessário confinamento, e depois necessitarão corrigir a deficiência da vitamina D, inclusive, para evitar doenças oportunistas, já que sua deficiência pode afetar o sistema imunológico. “Os primeiros resultados concretos do projeto foram apresentados no início deste mês no I Congresso Latino-Americano de Dosimetria de Estado Sólido (LASSD2021), organizado na UFPE, e novos resultados serão submetidos para a "Conference on Solar UV Monitoring and Personal UV Exposure, que ocorrerá em fevereiro de 2022 na Áustria (Viena)”, adianta.

Data da última modificação: 01/10/2021, 12:43