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Professora e alunas de Genética explicam como comorbidades associadas à Covid-19 atuam na resposta inflamatória

Artigo foi orientado pela professora Jaqueline de Azevêdo Silva

Já é sabido que hipertensão, obesidade e diabetes são fatores de risco associados a complicações da Covid-19. Mas por que isso acontece? Explicar essa relação é o objetivo do artigo “Mechanism of inflammatory response in associated comorbidities in Covid-19” (em português, “Mecanismo de resposta inflamatória em comorbidades associadas à Covid-19”), publicado ontem (12) no periódico Diabetes & Metabolic Syndrome: Clinical Research & Reviews e orientado pela professora Jaqueline de Azevêdo Silva, do Departamento de Genética da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Foto: Divulgação

Ariane, Maria Eduarda, Jaqueline, Thays e Brenda são as coautoras

A professora explica que já pesquisava alguns dos fatores de risco relacionados, mas queria entender por que eles afetavam uma doença infecciosa. “O que leva uma pessoa obesa, por exemplo, a ter mais risco em uma doença que é infecciosa e não metabólica?”, questiona. A mestranda Thays Lucena e a doutoranda Maria Eduarda Borborema, do Programa de Pós-Graduação em Genética, e as graduandas em Ciências Biológicas Ariane Fernandes e Brenda Regina de Lima participaram do artigo de revisão, que se destaca por englobar três dos fatores que aumentam o risco de complicações da doença.

A revisão indicou que a obesidade pode funcionar como um reservatório para o vírus e que medicamentos de hipertensão podem interferir no tratamento do paciente. Em relação à diabetes, os receptores das células ficam sobrecarregados e o sistema imune confunde o que é açúcar de um patógeno ou açúcar já presente no corpo, ativando uma via que faz com que o paciente tenha uma inflamação crônica. Como ainda não existe medicamento para o coronavírus, o objetivo da equipe é auxiliar na descoberta de vias de contenção da inflamação aguda, modulando os fatores de risco que boa parte da população apresenta.

Os resultados encontrados apontam que a vitamina D, um hormônio imunomodulador, pode ajudar na contenção da inflamação, pois ela está envolvida em todas as vias que modulam os fatores de risco. A vitamina pode ser obtida por meio de uma alimentação saudável, rica em leite e derivados, e sua produção é ativada pela luz solar. “A exposição ao sol não deve ser indiscriminada e bastam de 15 a 20 minutos por dia nas primeiras horas da manhã”, afirma, destacando que é necessário ter acompanhamento no caso de suplementação. “Trata-se de uma sugestão e não de uma prescrição”, destaca.

Data da última modificação: 13/05/2020, 17:35

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