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Encontro no CAA-UFPE reúne gestores de IES e Capes para debater fortalecimento da pós-graduação no interior
O evento contou com a participação do diretor de Programas e Bolsas da Capes, Luiz Antonio Pessan
O Centro Acadêmico do Agreste (CAA) da UFPE, em Caruaru, foi palco, ontem (15), de um importante encontro entre representantes de instituições de Ensino Superior (IES) de Pernambuco e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O evento, que contou com a participação do diretor de Programas e Bolsas da Capes, Luiz Antonio Pessan, teve como foco o fortalecimento dos programas de pós-graduação no interior do estado e o papel estratégico das bolsas de pós-doutorado na fixação de pesquisadores.
A mesa de abertura foi composta pela pró-reitora de Pós-Graduação da UFPE, Carol Leandro, representando o reitor Alfredo Gomes; além de diversos gestores de instituições pernambucanas, como o diretor do CAA-UFPE, Dilson Cavalcanti; as reitoras Socorro Cavalcanti (UPE) e Maria José Sena (UFRPE); o vice-reitor da Ufape, Márcio Faria de Moura; a pró-reitora de Pós-Graduação da Univasf, Helena Matos; e o diretor de Inovação da Facepe, Leonardo Ferraz.
O encontro destacou o desafio da interiorização do Ensino Superior no Brasil, especialmente em áreas distantes dos grandes centros urbanos. As dificuldades enfrentadas por instituições no interior vão desde a escassez de recursos até a atração de docentes altamente qualificados. Nesse contexto, foi reforçada a necessidade de ampliação do Programa Institucional de Pós-Doutorado da Capes (PIPD) para as IES situadas fora dos grandes polos, incluindo a sugestão da criação de uma vertente específica para essas regiões, denominada PIPDi (PIPD-interior).
O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Ufape, Romualdo Lima, ressaltou que a expansão desse programa é crucial para reduzir as desigualdades regionais no fomento à pesquisa e à formação de recursos humanos de alto nível. Já a professora Mariana Pinheiro Fernandes, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Atividade Física e Plasticidade Fenotípica do CAV-UFPE, destacou que os programas de mestrado e doutorado no interior desempenham papel fundamental no desenvolvimento regional, capacitando profissionais que contribuem diretamente com suas comunidades.
BOLSAS DE PÓS-DOUTORADO - Outro ponto central das discussões foi o papel das bolsas de pós-doutorado. O professor Rinaldo Mota, pró-reitor de Pós-Graduação da UFRPE, enfatizou que essas bolsas são ferramentas essenciais para a fixação de pesquisadores no interior, além de serem fundamentais para a renovação do corpo docente das universidades e para a internacionalização das pesquisas. No entanto, ele salientou a necessidade de um suporte institucional robusto por parte da Capes.
A professora Helena Matos, da Univasf, também reforçou a importância da expansão do número de bolsas, especialmente nos programas de pós-graduação em fase de consolidação. Segundo ela, os pós-doutorandos são fundamentais para elevar a qualidade da produção acadêmica e melhorar os índices de avaliação da Capes. Ela ainda destacou a necessidade de uma política de distribuição de bolsas que considere as particularidades regionais, garantindo equidade entre os programas do interior e os das capitais.
PERSPECTIVAS FUTURAS - Durante o evento, foram apresentados relatos de pós-doutorandos de diversas IES de Pernambuco, cujas pesquisas estão voltadas para a solução de problemas regionais, como o desenvolvimento sustentável, a educação, a biologia molecular e tecnologias para o semiárido. Esses exemplos ilustram o impacto positivo que os programas de pesquisa no interior podem ter na sociedade.
O encontro no CAA-UFPE representou um marco no diálogo entre as IES do interior e a Capes, abrindo espaço para que novas políticas sejam discutidas e implementadas. A expectativa é que as propostas debatidas, como a ampliação das bolsas de pós-doutorado e a criação de iniciativas específicas para o interior, possam contribuir para a redução das assimetrias regionais na ciência e tecnologia no Brasil, fortalecendo a pesquisa e a pós-graduação nas regiões interioranas.