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UFPE lança catálogo com parte do seu acervo artístico

O livro “Universidade Federal de Pernambuco: Patrimônio Artístico em Exibição” será lançado com exposição no próximo dia 15, no Centro Cultural Benfica

Obra de Fédora do Rego Monteiro integra catálogo  —  

 

Ao longo de sua trajetória, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) teve a arte e a cultura como testemunhas de sua história ao longo dos seus mais de 70 anos. A produção e a acumulação de bens artístico-culturais, abrigados hoje em diversos espaços da Universidade, são mais que registro

s históricos: são interpretações possíveis da trajetória humanística da UFPE, marcada pelo diálogo entre diversos saberes e estéticas. Ciente da importância desse acervo, a instituição apresenta à sociedade o catálogo “Universidade Federal de Pernambuco: Patrimônio Artístico em Exibição”, que será lançado na próxima quinta-feira (15), às 18h30, no Centro Cultural Benfica.

O trabalho é fruto de uma primeira sistematização dos resultados do programa de extensão “Inventário do Patrimônio Artístico-Cultural Tangível da UFPE”, coordenado pela professora Emanuela Sousa Ribeiro, do Departamento de Museologia. O catálogo apresenta, através das linguagens pintura, gravura, escultura e painel, parte das obras do acervo da Universidade, hoje abrigado no Centro de Ciências Jurídicas/Faculdade de Direito do Recife, no Centro Cultural Benfica, no Centro de Artes e Comunicação (CAC)e no Memorial Denis Bernardes. Ao lado de Emanuela, os também professores Bruno Melo de Araújo e Carlos Newton Júnior assinam a organização do volume.

“Além desses espaços institucionais, que concentram acervos artísticos da UFPE, é preciso enfatizar que há também diversas obras de arte que se encontra dispersas em outras unidades do campus. Entre elas se observam alegorias representativas das diversas áreas do conhecimento”, destacam os organizadores.

 

Quadro de Reynaldo FonsecaEntre as pinturas, também há quadro de Reynaldo Fonseca  —  

 

As obras presentes no catálogo fazem um recorte do final do século XIX ao início do século XXI, assinadas, em sua maioria, por artistas pernambucanos. Há nomes do academicismo oitocentista da pintura, como Telles Júnior (1851-1914) e Eliseu Visconti (1866-1944) e também de mestres da arte popular, como Vitalino (1909-1963) e Zé Caboclo (1921-1973), representantes da escultura.

No campo da pintura, destacam-se obras de Mário Nunes (1889-1982), Baltazar da Câmara (1890-1982), Fédora do Rego Monteiro (1889-1975), Vicente do Rêgo Monteiro (1899-1970), Reynaldo Fonseca e Francisco Brennand. É de Brennand, inclusive, o famoso painel “Juventude Estudiosa”, presente na fachada no prédio principal da Reitoria da UFPE. A obra foi realizada em 1970, em azulejo pintado, e foi substituído em 1996 por um painel de cerâmica vitrificado com o mesmo tema e a mesma dimensão.

A coleção da Oficina Guaianases, marco na história da gravura em Pernambuco e hoje sob a guarda da UFPE, revela trabalhos de nomes importantes como Ariano Suassuna (1927-2014), Gil Vicente, Paulo Bruscky, Gilvan Samico (1928-2013) e Tereza Costa Rêgo. A publicação registra ainda obras contemporâneas, a exemplo dos trabalhos de Ana Lisboa e Sebastião Pedrosa, ambos também com trajetória como professores do Departamento de Teoria da Arte e Expressão Artística da instituição.

O prefácio da publicação é assinado por Marta C. Lourenço, professora da Universidade de Lisboa e presidente do Comitê Internacional dos Museus e Coleções Universitárias (UMAC) do Conselho Internacional de Museus (ICOM). Cem exemplares do catálogo serão entregues gratuitamente ao público que comparecer ao lançamento, distribuídos por ordem de chegada.

EXPOSIÇÃO – O evento de lançamento do catálogo será marcado pela abertura da exposição “Moças, velhas, santas, loucas: representatividade feminina no acervo da UFPE”. A mostra reúne trabalhos de artistas mulheres, presente na coleção da Universidade, e de artistas homens que retrataram a figura feminina através de diversos arquétipos. Na mostra, estarão presentes obras de Fédora do Rêgo Monteiro, Lídia de Tracunhaém, Ana Lisboa, Gilvan Samico, Baltazar da Câmara, Gil Vicente, entre outros. A partir da pluralidade de olhares e técnicas, a mostra propõe uma reflexão sobre a presença feminina – criadora e/ou figurativa - nos acervos e coleções públicas de arte.

Data da última modificação: 15/03/2018, 21:15