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Professor da UFPE lança livro sobre o brega em Pernambuco
Obra contém em suas páginas um ensaio do fotógrafo Chico Ludermir, que acompanhou e registrou imagens dos bregas da zona sul à zona norte do Recife
“Ninguém é Perfeito e a Vida é Assim: a música Brega em Pernambuco”, escrito pelo professor Thiago Soares, do Departamento de Comunicação Social da UFPE e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM) da Universidade, será lançado na quarta-feira (23), em evento às 19h, no Sexto Andar, no Edifício Pernambuco - Av. Dantas Barreto, 324, Santo Antônio.
Com incentivo do Funcultura, esta publicação editada por Outros Críticos traz à tona as nuances do gênero que emerge da periferia do Recife tomando musicalmente o Estado. A obra contém em suas páginas um ensaio do fotógrafo Chico Ludermir, que acompanhou e registrou imagens dos bregas da zona sul à zona norte do Recife.
Com prefácio do professor Micael Herschmann, autor do estudo “Abalando os anos 90: funk e hip-hop, globalização, violência e estilo cultural”, o livro concilia textos jornalísticos e acadêmicos, escritos entre os anos de 1990 e a atualidade. Compreende, inclusive, os diversos atravessamentos e novos entendimentos que o autor descortinou com o passar dos anos e audição da música brega, comum a Thiago desde a sua infância classe média na Região Metropolitana do Recife, em Jaboatão dos Guararapes.
“Tento o tempo todo questionar o olhar moralista sobre o brega, que o enxerga apenas como ‘música sexualizada’ e não como sintoma da vida periférica, cheia de contradições (sexualização infantil, criminalidade, mas também alegria e diversão)”, explica o professor, completando que “a musicalidade brega está no nosso corpo, na malemolência da cultura da noite do Recife e no Carnaval, quando a mistura entre ricos, pobres, brancos e pretos se dá.” “Enxergo este livro como um movimento político dentro da Academia, que sempre foi elitista, segregacionista, branca e marcadamente masculina e heterossexual”, pontua Thiago.
De acordo com o autor, o livro aborda os diversos prismas do gênero: a estética musical (com heranças da música cafona/romântica dos anos 1970, passando pelos ritmos caribenhos do tecnobrega paraense e também pelo forró das bandas mainstream), a noção de cidadania cultural que a música traz para sujeitos subalternos, e até mesmo os embates de gênero (masculinidades e feminilidades em atrito nas canções e performances). “Ao invés de taxar o brega de ‘música sexual’, excluí-lo da Rádio Frei Caneca, por que não abrir editais e capacitar músicos, fazer intercâmbios com grandes músicos pernambucanos?”, questiona Thiago.