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Companhias pernambucanas interpretam Carmina Burana no palco do Teatro de Santa Isabel

As apresentações serão realizadas nos dias 28 e 29 deste mês

Foto: Chistianos Duhy

Direção musical e regência são do maestro e professor Wendell Kettle


Da assessoria do evento

Considerada uma das composições mais marcantes da história da música clássica, “Carmina Burana” será apresentada no palco do Teatro de Santa Isabel, nos dias 28 e 29 deste mês, com sessões às 20h. A peça será interpretada pela Academia de Ópera e Repertório da UFPE, com a Sinfonieta UFPE e Coro Infantil da Ópera de Papel. A direção musical e regência são do maestro e professor da UFPE Wendell Kettle, do Departamento de Música. Os ingressos custam R$ 40, R$ 20 (meia), à venda na bilheteria.

Facilmente reconhecível pelo público, o título mais famoso da cantata, “O Fortuna”, é uma das músicas executadas em filmes, espetáculos teatrais e séries de TV.

Sem dúvida um dos maiores hits da música clássica, Carmina Burana é de longe a obra mais conhecida do compositor alemão Carl Orff (1895-1982). Ela foi escrita em 1935 e estreada na Ópera de Frankfurt em junho de 1937. Carmina Burana é uma cantata profana de poesias latinas medievais, posta sobre textos em baixo latim e baixo alemão, os quais foram extraídos de mais de duzentas peças poéticas diversas, compiladas pelo final do século XIII. A maioria dos poemas, sacros e seculares, remonta ao século XIII e foi escrita por um grupo profano de errantes chamados Goliardos. Estes monges e menestréis desgarrados passavam o seu tempo deliciando-se com os prazeres da carne e os poemas que eles deixaram, faziam a crônica de suas obsessões, por vezes ao ponto da obscenidade.

A palavra Carmina é o plural de Carmen (em português, Canção). O título inteiro significa literalmente: Canções dos Beurens; esta última palavra se refere ao fato de que os textos escolhidos para esta cantata secular foram descobertos em 1803 em um velho mosteiro beneditino da Baviera, em Benediktbeuren, no sudoeste da Alemanha.

Esta cantata é emoldurada por um dos mais valiosos símbolo da Antiguidade – a Roda da Fortuna -, eternamente girando, trazendo alternadamente boa e má sorte. É uma parábola da vida humana exposta a constante mudança. E, assim, o apelo em coral à Deusa da Fortuna (O Fortuna, Velut Luna) tanto introduz quanto conclui a obra, que se divide em três seções: (1) o encontro do Homem com a Natureza, particularmente com a Natureza despertando na primavera (Veris eta facies); (2) seu encontro com os dons da Natureza, culminando com o dom do vinho (In taberna); e (3) seu encontro com o Amor, que se torna mais vulgar (Amor volat undique), mostrando que tudo pode ser modificado pelos caprichos do destino.

Grupos Artísticos
Academia de Ópera e Repertório da UFPE (AOR)
Sinfonieta UFPE
Coro Infantil da Ópera de Papel

Direção Musical e Regência
Wendell Kettle

Solistas
Anita Ramalho, soprano
Lucas Melo, tenor
Anderson Rodrigues, baixo-barítono

Produção Executiva
Jéssica Soares

Realização
Gárgula Produções 
Academia de Opera e Repertório 
Sinfonieta UFPE

Data da última modificação: 25/06/2019, 18:03