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Livro traz reflexões sobre a morte e o morrer na contemporaneidade

A obra, de autoria da professora Juliana Schmitt, propõe três reflexões sobre a morte e o morrer na contemporaneidade, a partir de uma perspectiva historiográfica

“Três lições da história da morte” é o novo livro da professora Juliana Schmitt, do curso de Artes Visuais da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A obra propõe três reflexões sobre a morte e o morrer na contemporaneidade, a partir de uma perspectiva historiográfica. Cada capítulo aborda um objeto de estudo da História da Morte, do medieval ao contemporâneo, passando pela Ars Moriendi, pelas reconfigurações do modelo do cemitério ocidental, pelo luto no período vitoriano e pelo atual contexto da pandemia de covid-19. O livro, lançado pela Editora UFRJ, tem download gratuito

Resumo

Há um consenso na historiografia que trata dos temas relacionados à morte de que a contemporaneidade transformou a morte em um tabu, algo a ser interdito e, se possível, negado. Mas a pandemia de covid-19 fez com que, repentinamente e no mundo todo, a morte se tornasse o principal e mais recorrente assunto. A perspectiva de uma devastação generalizada trouxe à tona a necessidade de dar vazão às nossas angústias frente à possibilidade do fim iminente. Ao mesmo tempo, nos colocou diante de situações perturbadoras, como os sepultamentos em massa e sem os rituais funerários aos quais nos acostumamos. A grande quantidade de vítimas fez com que todos nós, direta ou indiretamente, nos encontrássemos em luto, em um momento no qual as práticas do enlutamento parecem cada vez mais exíguas.

Tendo todo esse contexto como ponto de partida e baseando-se em uma bibliografia pautada pela História da Morte no Ocidente, esse pequeno livro propõe três reflexões sobre a morte. A primeira é falar sobre nossa própria finitude e, para isso, discutiremos o gênero medieval da Ars Moriendi. A segunda, por meio da história do cemitério, é pensarmos o lugar dos mortos em nossa sociedade. A necessidade de elaborar tantas perdas é analisada comparativamente ao período vitoriano e conclui o texto.

Escrito em linguagem acessível e tom ensaístico, o livro foi elaborado com domínio da literatura e das fontes, sendo, por isso, uma contribuição relevante às Humanidades em geral e, mais especificamente, às áreas de História Social e Cultural. Ao leitor comum, trata-se de uma aproximação com debates e objetos de estudo geralmente circunscritos à academia.

Mais informações
Professora Juliana Schmitt
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@ajulianaschimitt 
juschmittju@gmail.com

Data da última modificação: 08/03/2023, 14:26