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Festival Cena CumpliCidades no trabalho de resistência de companhias e coletivos artísticos

A 8ª edição acontece no Centro de Artes e Comunicação da UFPE, de 23 a 27 deste mês

Da assessoria do evento

Configurando-se como um selo, o festival Cena CumpliCidades investe em modos diferentes de exibição das artes. Este ano, foca na visibilidade da criação artística, na relação pedagógica entre arte e educação e na formação de novos públicos, juntando trabalhos de diversos campos artísticos, das artes cênicas às artes visuais, e ainda da música e performance. No Recife, o festival começa com a grande novidade deste ano, a programação Cena Universidade, apresentada no Centro de Artes e Comunicação (CAC) da UFPE, uma plataforma inter, trans e multiartística integrando educação, arte e debate de ideias. Com o Cena Universidade, o festival agrega para ampliar os espaços das artes e reitera sua vertente de fomento e desenvolvimento de projetos colaborativos, encarando o desafio da construção de uma cultura de cooperação artística e institucional. O evento ocorrerá de 23 a 27 deste mês.

No CAC, a programação se divide em apresentações e atividades formativas permitindo ao público desfrutá-la em três níveis: vivenciando experiências em oficinas (e outras práticas); assistindo às apresentações e podendo compreendê-las melhor ao ouvir e falar diretamente com os artistas por meio de explanações sobre as obras (conceitos e pesquisa desenvolvida); assim como, acompanhando lançamento de livros, mesas e bate-papos. 

Nos teatros, a programação começa na quinta-feira (25), e o foco é o trabalho de resistência desenvolvido por companhias e coletivos de dança, entre elas, o de uma das mais importantes companhias de dança do país, o Grupo Cena 11, de Santa Catarina, que se notabilizou por trabalhos bem dosados quanto a experimentações estéticas, pesquisas e tecnologias. O Cena CumpliCidades traz o trabalho “Protocolo Elefante”, na quinta-feira, às 19h, no Teatro Samuel Campelo, em Jaboatão dos Guararapes. 

Um dos grandes destaques do fim de semana fica por conta da Alias Company, da Suíça, grupo dirigido pelo pernambucano Guilherme Botelho, que, pela primeira vez, em décadas de existência, apresenta no Teatro Santa Isabel, o espetáculo “Antes”, às 20h30. Com o apoio da Pro Helvetia, a obra oferece uma reflexão sobre a história da humanidade, bem como sobre os destinos individuais e coletivos. Ao apresentar corpos desnudos coloca a anatomia em um ponto de abstração revelando o desconhecido por trás do bem conhecido e o envelope de carne como um território para desvelar a possibilidade do conhecimento.  

Na sexta feira (26), o festival apresenta “Acto Blanco”, da Argentina, um trabalho que revisita os estereótipos plasmados no corpo feminino do balé romântico para questioná-lo, subvertê-lo, homenageá-lo. Outra novidade do fim de semana é a sessão das 10 e meia (22h30), no Teatro Hermilo Borba Filho, com as apresentações sexta e sábado (26 e 27) da intervenção alegórica “Batucada”. Reunindo um contingente de cerca de 50 integrantes que batucam latas, panelas, frigideiras e demais metais numa espécie de desfile apoteótico, o trabalho, programado para as vésperas do segundo turno da polarizada eleição presidencial do País, transita entre a festa e o protesto num ritual que traduz esteticamente o espírito do nosso tempo, no qual o artista ganha força como ativista e cidadão que atua no espaço público.

No sábado (27), logo às 17h, Flávia Pinheiro apresenta Antílope, na Galeria Janete Costa, no Parque Dona Lindu. Antílope traz uma relação potente entre Arte, ciência e tecnologia, promovendo ciência artística na interface de processos invisíveis da matéria traduzidos à uma experiência sonora. Às 19h, no Teatro Apolo, apresenta-se a companhia do Teatro Alberto Maranhão (CDTAM), de Natal (RN), com o “Inverno dos Cavalos”, considerada umas das melhores produções de 2018 na região. Já no palco do Teatro Santa Isabel estará a Curitiba Cia de Dança, cujo trabalho “Memória de Brinquedo”, criado pelo coreógrafo/grife Luiz Fernando Bongiovanni, apresenta uma deliciosa reflexão sobre o mundo tecnológico e a ludicidade, resultante das relações do brincar a partir de memórias reais e ficcionais. No dia anterior,conta com o apoio do Sesc para se apresentar no Teatro Samuel Campelo, às 16h. 

Envolvendo artistas da Espanha, Argentina, Cuba e Brasil, o festival conta com o apoio do programa Pice, da Acción Cultural Espanhola, além do incentivo do Funcultura e demais parceiros.

 

 

Data da última modificação: 19/10/2018, 16:43