A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) acaba de ganhar uma Política Linguística. A Resolução n° 03/2018 – que estabelece uma política institucional específica do campo dos idiomas, tendo como base a internacionalização do ensino, pesquisa e extensão, a valorização das relações internacionais e a inclusão social – foi aprovada na quinta-feira (27) pela manhã pelo Conselho Universitário, reunido na Reitoria.

“O principal destaque é o compromisso da instituição de promover ações que vão motivar o ensino de idiomas”, ressaltou a diretora adjunta de Relações Internacionais (DRI), professora Eva Carolina da Cunha, do Departamento de Letras, que ficou à frente da elaboração do documento. Ela destacou que as ações privilegiam toda a comunidade acadêmica, sejam estudantes, professores ou técnicos administrativos.

A professora também frisou a iniciativa de atualizar os professores e de fazer com que a instituição seja um berço de pesquisas na área. Além disso, a UFPE se propõe a financiar o ensino de idiomas de forma gratuita, somando os esforços próprios aos investimentos no setor realizados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). “A Universidade realmente está abraçando a causa”, afirmou.

O pró-reitor para Assuntos Acadêmicos (Proacad), Paulo Goes, reafirmou a iniciativa da UFPE de oferecer disciplinas internacionalizadas, lembrando que estão abertas as inscrições para o Edital Institucional Brave – Brazillian Virtual Exchange n° 01/2018. O edital busca selecionar 15 docentes facilitadores para conectar a UFPE a instituições de educação superior estrangeiras por meio de atividades colaborativas por meio de tecnologias digitais.

POLÍTICA - A Política Linguística institucionaliza as atividades relativas ao ensino, aprendizagem, pesquisa e extensão do Português (para estrangeiros) e de línguas estrangeiras, buscando democratizar o acesso no âmbito da UFPE e envolver as comunidades interna e externa, ressaltando a importância da extensão universitária, além de estimular a mobilidade internacional, dentre outras diretrizes.

Entre os objetivos está criar um ambiente plurilinguístico e multicultural entre a comunidade da UFPE e a comunidade internacional. Os valores são a equidade por meio da ampliação do acesso ao ensino de línguas, a inclusão pela ampliação de oportunidades, a cooperação com outras instituições e com o poder público, a diversidade de saberes e a autonomia como fruto do processo pedagógico.

A Política Linguística prevê articulação da oferta de cursos pelo Núcleo de Línguas Idiomas sem Fronteiras (Nucli-Isf), vinculado à DRI, e o projeto de extensão Núcleo de Línguas e Culturas (NLC), ligado ao Centro de Artes e Comunicação (CAC). O Nucli-Isf deve ofertar cursos modulares, gratuitos, de diversos idiomas para a comunidade acadêmica, aplicar testes de proficiência e capacitar docentes.

A Comissão Permanente de Política Linguística, instituída pela resolução, deve definir tarefas mais pontuais, tais como capacitar discentes para participar de cursos oferecidos por docentes visitantes, realizar treinamentos para apresentação de trabalho científico usando idioma estrangeiro e definir quais conteúdos e disciplinas podem ser oferecidos em língua estrangeira na Universidade, garantindo que também sejam ofertados em Português.