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Graça Aranha - O escritor, jurista e diplomata brasileiro

Fotografia de Graça Aranha - Fonte: Academia Brasileira de Letras

Há 152 anos, nascia o escritor, jurista e diplomata brasileiro - Graça Aranha. Conhecido por ser um dos organizadores da Semana de Arte Moderna ocorrida em 1922, em São Paulo, além de autor pré-modernista e Imortal da Academia Brasileira de Letras.

José Pereira da Graça Aranha natural de Maranhão - nasceu em 21 de junho de 1868, filho de Temístocles da Silva Maciel Aranha e de Maria da Glória da Graça. Os estudos primários foram realizados nos liceus do Maranhão.

Por não ter a idade legal para matricular-se na Faculdade de Direito do Recife e naquele momento tinha menos de 15 anos de idade, obteve permissão especial do Governo para ser admitido em qualquer Faculdade de Direito do Império, de acordo com Atos do poder Executivo de 1882 - Nº 3043 - IMPÉRIO - decreto de 04 de março de 1882 - Dispensa a idade exigida por lei ao estudante José Pereira da Graça Aranha, a fim de matricula-se em qualquer das faculdades de Direito do Império.

Ingressou no curso de Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito do Recife - em 1882, numa época agitada pelas ideias de Tobias Barreto que teve influência predominante na sua formação pessoal e de escritor. Suas afinidades eram principalmente quanto à Abolição e à República. Como também, o poeta republicano Martins Júnior a quem apoiara quando da eleição do representante dos acadêmicos da Faculdade de Direito do Recife. Sendo assim, Graça se auto definiu: “Fui abolicionista, republicano, anarquista, aliado, modernista e revolucionário”. (ARANHA, 1968, p. 575).

Recebeu o grau de Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais, em 26 de novembro de 1886 - como segue a imagem abaixo:


Imagem do Livro de Registro de diplomas de bacharéis (1881 - 1894).

Mudou-se para o Rio de Janeiro, exercendo por algum tempo a magistratura, em Campos, no Rio de Janeiro e em seguida, em Porto Cachoeiro, no Espírito Santo.

A amizade com Joaquim Nabuco o levou a ser nomeado membro fundador da Academia Brasileira de Letras, em 1896, sem ter ainda publicado nenhum livro, contrariando o estatuto. Ocupou a cadeira n.º 38, cujo patrono foi Tobias Barreto.

Em seguida, Graça Aranha entrou para o Itamaraty. Como diplomata, desempenhou várias missões em Londres, Oslo, Haia e Paris, entre os anos de 1900 e 1920.

Graça Aranha faleceu no Rio de Janeiro, no início da noite de uma segunda-feira - 26 de janeiro de 1931 - com 62 anos, vítima de um edema pulmonar e sepultado no Cemitério de São João Batista (Rio de Janeiro).

Obras de Graça Aranha:  Canaã, romance, 1902; Malazarte, teatro, 1911; A Estética da Vida, ensaio, 1921; O Espírito Moderno, ensaio, 1925; Futurismo, manifesto, 1927; A Viagem Maravilhosa, romance, 1927; O Meu Próprio Romance, memórias, 1931; O Manifesto dos Mundos Sociais, 1935.

Fontes consultadas:

>> Academia Brasileira de Letras - Biografia - Graça Aranha

>> BARBOSA, Virgínia. Graça Aranha. Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. 

>> Biblioteca da Câmara dos Deputados - Coleção das Leis do Império do Brasil de 1882 - Parte I Tomo XXIX - Parte II Tomo XLV - Rio de Janeiro - tipografia Nacional 1883 

>>Lista geral dos estudantes matriculados na Faculdade de Direito do Recife de 1882 – Acervo do Arquivo da FDR

>>Lista geral dos bacharéis e doutores que tem obtido o respectivo grau na Faculdade de Direito do Recife, de junho de 1931 a dezembro de 1941 – Acervo do Arquivo da FDR

>> Livro de Registro de diplomas de bacharéis (1881 - 1894) - pg. 110v – Acervo do Arquivo da FDR

Data da última modificação: 13/04/2021, 07:57