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Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas realiza duas defesas nos próximos dias 28 e 3 de março

Atividade gastroprotetora da casca do caule da ameixa de espinho em ratos é um dos temas

O Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas (PPGCF) promove uma defesa de dissertação de mestrado e uma de tese de doutorado nas próximas semanas. Na próxima quinta-feira (28), às 9h, na Sala da Congregação do Departamento de Ciências Farmacêuticas (DCFAR) da UFPE, a aluna Maria Joanellys dos Santos Lima defende a dissertação “Desenvolvimento de formas farmacêuticas à base do extrato seco da casca do caule de Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) como alternativa no tratamento do Diabetes mellitus”.

Ela foi orientada pela professora Rosali Maria Ferreira da Silva e coorientada pela professora Ivone Antônia de Souza. Além da orientadora, compõem a banca examinadora os docentes Rosali Maria Ferreira da Silva (UFPE), Pedro José Rolim Neto (UFPE) e Deysiane Oliveira Brandão (Centro Universitário Maurício de Nassau-Campina Grande). Confira o resumo 1.

No dia 3 de março, às 14h, na sala da Congregação do Departamento do DCFAR, a aluna Ticiana Parente Aragão defende a tese “Atividade gastroprotetora da casca do caule de Ximenia americana L. (Ameixa de espinho) (Olacaceae) em ratos”, que contou com a orientação do professor Almir Gonçalves Wanderley e a coorientação dos professores Germana Freira Rocha Caldas (Centro Universitário Dr. Leão Sampaio – Maranhão)e Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida (Univasf). Além do orientador, compõem a banca examinadora os docentes Ana Cristina Lima Leite (UFPE), Danilo César Galindo Bedor (UFPE), José Gildo de Lima (UFPE) e Samara Alves Brito (Faculdade Santa Maria-FSM, Cajazeiras- PB). Confira o resumo 2.

Resumo 1

Diabetes mellitus não é uma única patologia, mas um grupo de distúrbios metabólicos que apresenta a hiperglicemia como fator preponderante. As estimativas indicam um aumento absurdo do número de casos, caracterizando essa doença como extremamente preocupante para a população mundial, além dos crescentes gastos anuais relacionados ao seu tratamento. A espécie vegetal Libidibia ferrea, conhecida como “pau-ferro” ou “jucá”, pertencente à subfamília Caesalpinioideae da família Leguminosae, é amplamente utilizada na etnofarmacologia e apresenta diversas atividades comprovadas na literatura, dentre elas, a propriedade anti-hiperglicemiante. Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo desenvolver formas farmacêuticas à base do extrato seco da casca do caule de Libidibia ferrea para o tratamento de diabetes mellitus. Para isso, foram realizadas as caracterizações físico-químicas da matéria-prima vegetal, solução extrativa e extrato seco, seguindo o preconizado pela Farmacopeia Brasileira 5ª edição e baseando-se em literatura científica. Posteriormente, através do estudo de planificação quanti e qualitativa foram formulados granulados efervescentes, solução oral, cápsulas e comprimidos a partir do extrato seco das cascas de Libidibia ferrea, obtido por liofilização. Em seguida as formulações foram submetidas aos testes de controle de qualidade adequado a cada forma farmacêutica. Observou-se que a matéria-prima vegetal, solução extrativa, extrato seco e as formulações desenvolvidas atenderam a valores previamente estabelecidos. As formas farmacêuticas desenvolvidas possuem potencial para futuras alternativas de baixo custo no tratamento de diabetes mellitus.

Resumo 2

Ximenia americana L. (Olacaceac), popularmente conhecida como ameixa de espinho, tem suas cascas utilizadas na etnomedicina como cicatrizante e para o tratamento de distúrbios gástricos. Este estudo identificou os constituintes químicos do extrato aquoso da casca do caule de Ximenia americana (XaAE) e avaliou a atividade gastroprotetora cm modelos in vivo dc lesão gástrica aguda em roedores. Após liofilização, o extrato foi submetido à análise por Cromatografia em Camada Delgada (CCD) e Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (11PLC) e seus constituintes majoritários identificados. O efeito gastroprotetor foi avaliado em lesões gástricas agudas induzidas por etanol absoluto, etanol acidificado e indometacina. A atividade antissecretória, a produção de muco e a participação dos compostos sul fidrílicos (-SH) e do óxido nítrico (NO) também foram avaliados. A análise cromatográfica identificou como compostos majoritários, procianidinas B e C e catequina/epicatequina. A administração oral do XaAE (100, 200 e 400 mg/kg) inibiu as lesões induzidas por etanol absoluto (76,1%, 77,5% e 100%, respectivamente), etanol acidificado (44,9%, 80,6% e 94,9%, respectivamente) e indometacina (56,4%, 52,7% e 64,9%, respectivamente). O XaAE (100 mg/kg) reduziu o conteúdo gástrico e a acidez (51,4% e 67,7%, respectivamente), mas não alterou a produção de muco gástrico. A redução dos grupos -SH e NO promovidos por N-etilmaleimida (NEM) e No -nitro-L-arginina-metilater (L-NAME), respectivamente, reduziu o efeito gastroprotetor do XaAE. Os resultados indicam que a atividade gastroprotetora do extrato esteja mediada, em parte, por -SH, NO e atividade antissecretora. Esta ação foi, inicialmente, correlacionada aos seus principais constituintes, procianidinas B e C e catequina / epicatequina.

Mais informações
Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas (PPGCF)
(81) 2126.7515

ppgcf@ufpe.br

Data da última modificação: 21/02/2019, 10:32