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Projeto Papo de Homem ganha reforço para ocupar comunidades em prol da conscientização sobre respeito às mulheres

A iniciativa foi idealizada pelo professor Sandro Cozza Sayão, da UFPE

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e a Secretaria da Mulher do Estado de Pernambuco firmaram, ontem (6), convênio de cooperação técnica e financeira para realização do projeto de extensão Papo de Homem, em parceria com o Instituto Maria da Penha. A iniciativa, idealizada pelo professor Sandro Cozza Sayão, coordenador do curso de Especialização em Direitos Humanos da UFPE, propõe a promoção de diálogos com homens nas comunidades para discutir temas variados do universo masculino. “Buscamos a conscientização dos homens tanto no que se refere ao respeito aos direitos das mulheres, quanto à própria condição do que é ser homem no século XXI”, justifica a proposta.

Foto: Bernardo Sampaio

Evento foi realizado no Auditório João Alfredo, na Reitoria da UFPE

O convênio contou com a mediação da deputada estadual Gleide Ângelo, que está disponibilizando recursos através de emendas parlamentares para o Programa Institucional em Defesa Social, Segurança Pública e Direitos Humanos da UFPE (Virtus), coordenado pelo professor Sayão. “Não é possível falar de direitos humanos sem políticas públicas e nem é possível falar de políticas públicas sem direitos humanos. Precisamos de alguém que trabalhe os homens porque precisamos transformar a realidade de um comportamento cultural machista, uma masculinidade tóxica”, defende o professor.

Para o reitor Alfredo Gomes, a união de esforços por esse programa representa um grande desafio, que é a mudança de cultura. E reforça: “A UFPE tem essa questão como princípio orientador, para que nós possamos fazer com que essa universidade seja mais plural, diversa, inclusiva e democrática, e nós lutamos para que a sociedade brasileira seja assim também”. O reitor também propôs reunir forças, parcerias, para que se possa operar uma grande transformação na sociedade brasileira em prol da defesa das instituições democráticas. “E essas mudanças são fundamentais para que as mudanças que nós precisamos realizar se concretizem”, complementou.

Ana Elisa Gadelha, secretária estadual da Mulher, afirmou que “acima de todas as coisas, a gente tem que trazer a educação para os lares, pois a prevenção é nossa maior arma. Passar a informação é, sem sombra de dúvidas, uma das maiores estratégias”. Para a gestora, é necessário, cada vez mais, se pensar como diminuir essa violência, pois numa sociedade machista esta desconstrução não é rápida. Associando o centenário de nascimento de Paulo Freire, o pró-reitor de Extensão e Cultura da UFPE, Oussama Naouar, apontou que “vivemos momento de refletir a questão de como o opressor é vítima de sua própria opressão e como a educação é um caminho inovador para mudar os caminhos nos quais estamos presos”.

Data da última modificação: 07/10/2021, 19:27