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Estudantes da UFPE apresentam reportagem fruto do Prêmio Jovem Jornalista, realizado pelo Instituto Vladimir Herzog

Carina Barros, Paulo Mota e Gabriela Andrade foram orientados pela professora Adriana Santana

Estudantes da graduação em Jornalismo da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Carina Barros Lins, Paulo Leandro Mota do Nascimento e Gabriela da Silva de Andrade apresentaram ao público, na segunda-feira (24), a reportagem que desenvolveram como fruto do Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão (PJJ), promovido pelo Instituto Vladimir Herzog. 

Fotos: Alice Vergueiro

Alunos de Jornalismo comemoraram a premiação

O grupo é autor de uma das quatro pautas selecionadas na 14ª edição do PJJ para serem transformadas em reportagem com apoio financeiro do instituto e mentoria de jornalistas profissionais. A reportagem em vídeo “Da Lama ao Caos: A dor que não tem nome – mas tem cor – e a tragédia anunciada das mudanças climáticas em Pernambuco” é resultado desse processo. 

O formato escolhido para o evento, que ocorreu na Câmara Municipal de São Paulo, proporcionou uma troca de conhecimento entre os presentes. Além da exibição das reportagens selecionadas, cada grupo teve 15 minutos para falar sobre o desenvolvimento da pauta. “Esse momento foi muito enriquecedor porque jornalistas muito experientes estavam lá e puderam dar contribuições. Foi interessante também porque pudemos conhecer estudantes de outros estados, que têm outras vivências e apresentaram problemas desses locais que muitas vezes a gente não conhece”, afirmou Gabriela Andrade.

“Acredito que foi uma experiência muito importante para o nosso futuro no jornalismo contar no documentário a história da tragédia das chuvas que ocorreram entre maio e junho deste ano, na qual 134 pessoas foram vítimas da irresponsabilidade pública. É fundamental mantermos vivas as histórias das pessoas que se foram para que no futuro isso não venha a se repetir”, avaliou Paulo Mota.

Estudantes e professora Adriana Santana (de calça vermelha) recebem certificados

Carina Barros lembrou do processo de elaboração da reportagem, especialmente das entrevistas feitas com algumas pessoas que foram vítimas das enchentes e quedas de barreiras que ocorreram em Pernambuco no período contemplado pela pauta. “A gente pôde estar bem perto dos entrevistados, colher as histórias e sentir profundamente a dor de cada um. Foram dias intensos. Viva o jornalismo, viva a democracia, viva a comunicação pública e viva a Universidade Federal de Pernambuco!”, celebrou a estudante.

O trio desenvolveu a reportagem tendo a professora Adriana Santana como orientadora e a jornalista Bianca Vasconcellos como mentora. “Acho que a maior importância dessa premiação, entre várias coisas, é o fato de que o Instituto Vladimir Herzog possibilita que estudantes consigam fazer aquele jornalismo que a gente considera ideal, com o qual a gente sonha quando está na faculdade. Um jornalismo independente, posicionado, que ousa dizer o nome das coisas, que tem uma preocupação extremada com a apuração mas que também não se vale desse manto falacioso da objetividade como escudo. Além de ser um prêmio que sempre rememora o fato de que houve vítimas da ditadura civil-militar brasileira [como o jornalista Vladimir Herzog], ele é um prêmio de muita importância, principalmente pela oportunidade dada aos estudantes de praticar jornalismo de qualidade”, afirma Adriana, que coordena a graduação em Jornalismo da UFPE.

PRÊMIO JOVEM JORNALISTA FERNANDO PACHECO JORDÃO – O PJJ é realizado anualmente, desde 2019, com a proposta de “oferecer aos jovens estudantes a vivência de um trabalho jornalístico prático e reflexivo desde a definição da pauta até o gerenciamento, produção e realização final de uma reportagem, valorizando o trabalho em equipe, a avaliação conjunta do processo e a publicação do material final”.

O Prêmio Jovem Jornalista conta com o apoio Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Associação de Jornalismo Digital (Ajor), Oboré Projetos Especiais, Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom), Periferia em Movimento, além do patrocínio do Google News Initiative.

O foco da premiação está nos direitos humanos, e na 14ª edição do PJJ, os organizadores incentivaram a inscrição de pautas que traduzissem “as necessidades e as esperanças de um país assolado por emergências sanitárias, desastres ambientais, ataques à democracia e seus valores, desinformação, violência, desigualdades e fome”. 

Foto: Divulgação

Carina, Paulo e Gabriela, em campo, fazendo a reportagem 

As quatro pautas escolhidas foram:

Da Lama ao Caos: A dor que não tem nome – mas tem cor – e a tragédia anunciada das mudanças climáticas em Pernambuco - Vídeo disponível aqui
Instituição de ensino: Universidade Federal de Pernambuco
Professora orientadora: Adriana Maria Andrade de Santana
Jornalista mentor: Bianca Vasconcellos
Estudantes: Carina Barros Lins, Paulo Leandro Mota do Nascimento e Gabriela da Silva de Andrade

A terra que grita por vida
Instituição de ensino: Universidade Federal do Cariri
Professor orientador: Luís Celestino de França Júnior
Jornalista mentor: Rodrigo Alves
Estudante: Bruna de Souza Santos

Vozes Amazônidas
Instituição de ensino: Universidade Federal do Pará
Professora orientadora: Celia Regina Trindade Chagas Amorim
Jornalista mentor: Paulo Oliveira
Estudantes: Ana Vitória Monteiro Gouvêa, João Pedro Freitas Ataíde dos Santos e Leandro Lima de Souza

Cultivo Nocivo – Trabalhadores rurais da Região Centro-Sul do Paraná sofrem com intoxicações por agrotóxicos que se refletem em urgência na saúde pública
Instituição de ensino: Universidade Federal do Paraná
Professor orientador: José Carlos Fernandes
Jornalista mentor: Anelize Moreira
Estudantes: Mayala Tereza Fernandes, Lucas Daniel de Lima e Izabela Morvan da Silveira

Mais informações
Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão
 

Data da última modificação: 28/10/2022, 09:39