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CEA da UFPE e Ateliê de Humanidades realizam amanhã (3) palestra sobre perspectivas paradoxais da vida contemporânea

O evento acontecerá às 17h, via YouTube, e será apresentado pelo professor Philippe Joron

O Centro de Estudos Avançados da Universidade Federal de Pernambuco (CEA-UFPE), em parceria com o Ateliê de Humanidades, promove amanhã (3) a palestra on-line “Perspectivas paradoxais da vida social contemporânea”. O evento será realizado às 17h, através do canal oficial do CEA no YouTube, e será apresentado pelo sociólogo francês, professor e pesquisador Philippe Joron, da Université Paul-Valéry Montpellier 3, diretor da Revista Sociétés e especialista da obra do filósofo e escritor francês Georges Bataille (1897-1962).

A palestra terá como debatedores Paulo Henrique Martins (professor da UFPE), Julieta Leite (Departamento de Arquitetura e Urbanismo-UFPE/PPG em Desenvolvimento - MDU), André Magnelli (diretor e pesquisador do Ateliê de Humanidades) e Glória Diógenes (PPG em Sociologia-UFC).

Philippe Joron é professor de Sociologia e pesquisador da Université Paul-Valéry Montpellier 3 (UPVM3) na França. Foi professor visitante e pesquisador estrangeiro no Brasil entre 1993 e 1997 (UFPE, Ufal). Ele dirige atualmente o Laboratório de Estudos Interdisciplinares sobre o Real e os Imaginários Sociais (LEIRIS) assim como o Programa de Doutorado em Sociologia, tendo sido vice-reitor dos Assuntos Acadêmicos da UPVM3 (2016-2019). É decano da Faculdade das Ciências do Sujeito e da Sociedade (2013-2017), à qual está vinculado desde 1998.

Desde 2015, Joron é diretor da revista Sociétés, Éditions De Boeck Supérieur (referenciamento: IBSS, Scopus, SocINDEX, CSA Sociological abstracts, Web of Science). É especialista da obra do filósofo e escritor francês Georges Bataille (1897-1962), da qual resgata, dentro da esfera sociológica, conceitos e análises valiosos para a compreensão do mundo contemporâneo, como os de economia subversiva, laço ecoantropológico (mesológico), efervescência social, violências midiáticas e transtornos e surtos digitais.

Resumo

O ser social está em busca de si mesmo numa confrontação perpétua com seu ambiente natural e cultural, a ponto de congestioná-lo com suas próprias descargas, imaginárias ou materiais. As crises tornam claro esse bloqueio de nós mesmos, cujas causas são inevitavelmente culturais e naturais. Estamos ligados pela distância, pelo que tende a nos desfazer. A vida digital mostra bem essa busca desenfreada de reconhecimento, muitas vezes irrisória, de resto trágica.

De certo modo, tudo se resume nesta definição lapidar de nossa condição humana, definitiva, proposta por Georges Bataille: “O homem é o que lhe falta”. O ser humano compensa esse vazio abissal de si mesmo no excedente e na sobrecarga residual de suas produções egoicas em estado de conquista. Nossa vida social está cada vez mais regulada, codificada, sob o jugo de uma gestão excessiva dos humores, afetos e das relações interpessoais. Quais serão, diante dessas circunstâncias, as perspectivas paradoxais da vida contemporânea?

Data da última modificação: 02/08/2021, 18:15