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Aula Magna abre oficialmente primeiro semestre letivo de aulas presenciais na UFPE

Cerca de 1.800 disciplinas presenciais da graduação foram confirmadas para o semestre letivo 2021.2

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) celebrou hoje, oficialmente, o retorno às atividades presenciais nos três campi da instituição com a realização da Aula Magna na manhã de hoje (21) na Concha Acústica Paulo Freire. O calendário do semestre teve início no dia 31 de janeiro, apenas com as práticas profissionais com presencialidade. O reitor, vice-reitor, pró-reitores e representações estudantis deram as boas-vindas aos 2.976 novos estudantes que ingressaram este semestre na UFPE. Cerca de 1.800 disciplinas presenciais foram confirmadas para o semestre letivo 2021.2 da graduação, muitos delas com mais de uma turma ou turno simultâneos, um número que representa cerca de 50% da totalidade dos componentes curriculares. A cerimônia foi gravada e sua íntegra está disponível no canal oficial da UFPE no YouTube.

Fotos: Anderson Lima

Desafios da Universidade foram o tema da fala do reitor

Com o tema “Universidade e Projeto de Nação: desafios atuais e futuros”, o reitor Alfredo Gomes fez uma reflexão sobre o papel fundamental da universidade no enfrentamento das desigualdades econômicas e na transformação social. Apesar disso, explica o reitor, ela tornou-se objeto de ataques por aqueles que deveriam zelar e propor políticas públicas para a educação superior.

Alfredo explica que uma boa definição da relação entre universidade pública e projeto de nação é sua capacidade de pensar os desafios atuais e futuros. “Quando pensamos em um projeto de país ou pensamos de forma sistêmica e estratégica um sistema de educação superior, a formulação, coordenação e avaliação das políticas devem ocorrer necessariamente num âmbito nacional. Mas o que nós temos assistido nacionalmente é a renúncia ou ausência da capacidade formulação de políticas públicas por parte do governo”, afirma. De acordo com o reitor, essas políticas foram substituídas por ações que levam ao desmonte e sucateamento de um dos maiores patrimônios do povo brasileiro, que são as universidades públicas federais, “um total de 69 instituições que hoje atendem a 1,8 milhões de estudantes, dos quais atualmente 70% estão em situação de vulnerabilidade”, pontua Alfredo.


Evento foi realizado na Concha Acústica Paulo Freire

O vice-reitor Moacyr Araújo lembra que hoje, apesar de a universidade passar por uma situação muito adversa do ponto de vista externo, tem sido fortemente democrática, solidária, inclusiva e diversa. “A universidade está passando por uma revolução silenciosa. Os cursos passaram a ter mais autonomia na decisão sobre suas especificidades e nós temos muito mais representação dos estudantes nos espaços de deliberação da universidade, nos conselhos superiores”, destaca.

A universidade, em março de 2020, manteve serviços essenciais para seu funcionamento e suspendeu as atividades acadêmicas presenciais, com retomada gradual de diversas atividades, como laboratórios, ações extensionistas, práticas profissionais e atividades administrativas com presencialidade. A pró-reitora de Graduação (Prograd) Magna Silva lembra que, em todo esse tempo, a instituição continuou formando profissionais e se adaptou ao novo contexto contando com o esforço de técnicos, professores e estudantes. “As mais de 1.800 disciplinas presenciais, que iniciam agora suas atividades, significam um esforço de toda a comunidade no sentido de enfrentamento nesse contexto de pandemia. Há uma disposição da comunidade para que possamos ofertar um espaço adequado àqueles estudantes que precisam exercer suas atividades acadêmicas no formato presencial e para retomar a oferta presencial de forma progressiva para as demais turmas”, explica.

Na assistência estudantil, em 2020, foi investido, especificamente, na política de bolsas, o valor de R$ 37.729.000,00. Foram 24.747 mil auxílios pagos no Centro Acadêmico do Agreste (CAA), 12.515 mil auxílios no Centro Acadêmico de Vitória (CAV) e quase 66 mil no Campus Recife. Em 2021, em Recife, houve 61.140 mil auxílios pagos, 11.419 mil no CAV e 23.068 no CAA. “A UFPE fez um investimento, em 2021, de R$ 33.740.000,00 em um ano em que tivemos um corte na assistência estudantil por parte do governo federal de quase R$ 7 milhões. Em 2020 e em 2021, foram investidos na permanência estudantil da UFPE mais de R$ 71.480.000,00 milhões” contabiliza o pró-reitor de Assistência Estudantil (Proaes) Fernando Nascimento. “Isso é suficiente? Ainda não. Nós precisamos avançar muito nas políticas de assistência estudantil. Porém, em um contexto em que nós temos um governo que não colabora com a universidade pública e em um momento em que o estudante mais precisa da assistência e cortam nossos recursos, como ocorreu em 2021, esse investimento é, certamente, um sinal de muito comprometimento”, explica.

Fernando explica que a Proaes vai continuar avançando nessas ações, com novos editais, incremento no número de auxílios-alimentação e editais emergenciais para atender alunos em situação de vulnerabilidade. “É assim que se faz uma universidade pública, inclusiva, popular e para todos”, destaca o pró-reitor.

Data da última modificação: 22/02/2022, 15:43