Notícias Notícias

Voltar

UFPE faz cerimônia de acolhimento para cerca de 260 novos residentes dos programas de saúde

Eles atuarão em hospitais e unidades básicas nos municípios do Recife, Vitória de Santo Antão e Caruaru

A chegada dos cerca de 260 novos residentes dos programas na área de saúde da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) foi marcada por uma cerimônia de acolhimento realizada na tarde de ontem (1º), no auditório do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA). Essa foi uma maneira encontrada para dar as boas-vindas institucionais às novas turmas, que atuarão em diferentes áreas da rede de assistência à saúde em Pernambuco. Os novos residentes participam de diferentes programas de residência médica, multiprofissional e na área profissional de saúde. Eles atuarão em hospitais e unidades básicas nos municípios do Recife, Vitória de Santo Antão e Caruaru. Pela manhã, os residentes em saúde do Hospital das Clínicas da UFPE foram recebidos em evento no hospital.

Foto: Júnior Anjos

Evento foi realizado no auditório do CCSA

A mesa de abertura começou com uma fala da coordenadora-geral de Residências da Pró-Reitoria de Pós-Graduação (Propg) da Universidade, Marina Petribú, que fez uma apresentação geral dos programas e agradeceu às equipes das instituições envolvidas na iniciativa. “Na Propg, desenvolvemos várias atividades pensando em melhorias para esses programas de residências. Destaco o lançamento recente de editais que incentivam a participação de vocês em eventos científicos e a publicação de trabalhos desenvolvidos durante a residência. A criação da Revista Brasileira Interdisciplinar de Residências em Saúde (Revista Birs) é mais um canal de divulgação dos trabalhos”, citou Marina Petribú.

O evento de acolhimento foi organizado pela Propg, em parceria com a Comissão de Residências Multiprofissionais da UFPE (Coremu) e as Comissões de Residência Médica (Coreme) do Hospital das Clínicas (HC) e do Núcleo de Ciências da Vida (CNV) do Centro Acadêmico do Agreste (CAA). Coreme e Coremu ganharam apresentações específicas após a mesa de abertura. As Secretarias de Saúde municipais e a estadual foram representadas por Elen Batista da Costa Lima (Vitória), Valderez Ribeiro de Andrade (Recife) e Thiago Almeida (Pernambuco).

QUALIFICAÇÃO PARA O SUS – “Esses programas estão contribuindo para a formação de pessoas há vários anos, em várias especialidades, de acordo com as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS). Eles são fruto do trabalho de muita gente. Costumo dizer que a residência fortalece toda e qualquer instituição que se coloca no papel de formadora. Digo para vocês focarem nas questões técnicas, mas também nas atitudinais, esse também é nosso objetivo”, afirmou Valderez Ribeiro de Andrade, gestora da Unidade de Formação e Educação na Saúde da Prefeitura do Recife.

O diretor de Pós-Graduação Lato Sensu da UFPE, professor Juliano Iyoda, da Propg, também comentou sobre a multiplicidade da formação: “Sou particularmente fã dos programas de residência porque eles são intensos. Vocês vão suar bastante e aprender muita coisa nos próximos anos, e porque eles conectam três grandes pilares. O primeiro deles é o ensino, a parte da pesquisa acadêmica, teórica. Vocês também vão aprender sobre postura profissional, o comprometimento que se tem que ter, vão desenvolver inteligência emocional, habilidade comunicacional. O último pilar é o impacto social desse trabalho”.

O diretor do Centro de Ciências Médicas (CCM), professor Luiz Alberto Mattos, e a diretora do Centro de Ciências da Saúde (CCS), professora Cinthia Kalyne Alves, também falaram sobre a importância do SUS e de uma formação profissional que considere aspectos comportamentais, além do técnico.

“Vocês estão iniciando uma etapa fundamental da formação de vocês, um momento importante para se aprofundar nas diretrizes do SUS, que é fundamental para o desenvolvimento do nosso país”, avaliou Luiz Alberto Mattos. “A residência traz essa formação a partir das necessidades do SUS e é bom reafirmar esse compromisso formativo em um momento como este. Os editais, a revista… Tudo isso dá muito trabalho. Para que o programa aconteça, precisa ter muita gente acreditando”, continuou Cinthia Kalyne Alves.

Auditório ficou lotado com os novos residentes

Entre os hospitais integrados aos programas estão o Hospital das Clínicas (HC) da UFPE - HC-UFPE/Ebserh, o Hospital dos Servidores do Estado, o Hospital Barão de Lucena, o Hospital Getúlio Vargas, o Real Hospital Português e o Hospital Mestre Vitalino, em Caruaru.

“Este momento também é de muita felicidade para nós do HC, pela parcela dos residentes que estava concluindo a formação deles ontem e para vocês que estão chegando. No HC, temos a oportunidade de lidar com políticas públicas de duas áreas que fazem uma diferença imensa para a sociedade como um todo, educação e saúde. São 49 programas de residência no hospital, então existe o potencial de vocês praticarem a interdisciplinaridade, conversarem com especialistas de várias áreas. Existe um campo bem fértil para desenvolvimento das potencialidades. Lembro que estamos em uma universidade, um ambiente de pesquisa e inovação, vocês também estarão inseridos nisso”, destacou o superintendente do HC, professor Filipe Carrilho.

Ao final, ele comentou que sonhava com a possibilidade de haver residências em outras áreas no HC, já que o cotidiano de um hospital envolve o trabalho de pessoas da administração, engenharia, etc. O professor Juliano também citou o desejo de ampliar os programas com um orçamento maior.

“Gostaria de dizer que provavelmente teremos um orçamento novo para 2023, porque teremos um país novo. É importante deixar isso registrado. Estamos olhando para a ciência, para a saúde da forma correta. O reitor Alfredo Gomes está em Brasília hoje, trabalhando em busca desses novos orçamentos para a UFPE”, afirmou o vice-reitor da UFPE, Moacyr Araújo. “Recebemos vocês aqui com muito carinho e muita esperança. Passamos por momentos muito complicados na pandemia, a saúde indicou que precisa de mais atenção ainda. A UFPE olha para as ciências da saúde como um dos pilares do desenvolvimento de uma sociedade, vamos continuar investindo o que pudermos para que vocês tenham uma formação diferenciada. E quando olhamos para o planeta, vemos os efeitos da degradação ambiental, sabemos que vem um grande desafio por aí que todos nós vamos ter que enfrentar. Para isso, uma boa base científica é fundamental”, concluiu Moacyr Araújo.

Data da última modificação: 02/03/2023, 15:34