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UFPE é segunda colocada geral no Campeonato Brasileiro Feminino de Bocha Paralímpica

Participaram da competição feminina 32 clubes de diversas regiões do país

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) foi destaque no Campeonato Brasileiro Feminino de Bocha Paralímpica, realizado em Blumenau (SC) até domingo (14). A atleta Andreza Vitória, que marcou presença nas Paralimpíadas de Tóquio, foi ouro na classe BC1 e a atleta Maria Eduarda, estudante de Jornalismo da UFPE, também participou na mesma categoria. Com isso, a Universidade ficou em segundo lugar no ranking do evento, promovido pela Associação Nacional de Desporto para Deficientes (Ande).

Participaram da competição feminina 32 clubes de diversas regiões do país. Foram 18 atletas disputando pela classe BC1, também 18 na classe BC2, 24 atletas pela BC3 e 15 pela BC4. Somando aos assistentes e técnicos, houve 184 inscritos na competição. A classe BC1, da qual ambas as atletas fazem parte, é destinada apenas para atletas com paralisia cerebral (PC), que podem jogar com as mãos ou com os pés e podem ter um auxiliar para entregar a bola.

A treinadora Poliana Cruz – que seguiu com o trabalho com as paratletas mesmo durante a pandemia, com treinamentos em casa – explicou que esta foi a primeira competição mundial com divisão de gênero, pois o esporte costuma ser jogado em equipes mistas. “Havia muitas meninas com um nível muito bom”, disse. “Pela trajetória de Andreza, a gente já esperava que fosse dar pódio”, destacou, lembrando que ela lidou bem com o peso de ser uma representante da seleção brasileira na competição.

Já a atleta Maria Eduarda voltou a participar de um campeonato brasileiro depois de alguns anos – sua última participação havia sido em 2017. “Foi muito bom Duda estar de volta depois de muitos anos”, comemorou a técnica, que atua também como assistente durante as partidas. No mês passado, a UFPE também conquistou o 3° lugar no Campeonato Brasileiro Masculino de Bocha Paralímpica, na categoria BC2, com o atleta Alexandre da Silva. 

PARATLETA – O Projeto Paratleta da UFPE recebe pessoas com deficiência com o objetivo de promover saúde e autonomia aos seus participantes, além de incentivar a socialização com as famílias e outras pessoas. De acordo com Poliana, os interessados são avaliados e encaminhados para a modalidade mais adequada. “O Paratleta nunca foi um projeto de alto rendimento, mas com o passar do tempo ganhou essa característica”, explicou a treinadora. Todas as atividades são gratuitas.

Poliana lembrou ainda a importância da participação de adolescentes no programa, que atualmente não conta com representantes nas competições paralímpicas escolares. Ela destacou que é comum que os estudantes cadeirantes desistam da escola por causa das dificuldades enfrentadas e que o esporte pode ser um caminho para combater esse problema. “Estamos prontos para receber a todos com muito amor e carinho”, afirmou. Não há nenhum pré-requisito para se inscrever.

BOCHA – Segundo a Ande, a bocha é uma modalidade que abre portas para pessoas com grau severo de comprometimento motor e/ou múltiplo e está em mais de 50 países em todo o mundo. Ela pode ser jogada individualmente, em duplas ou em equipes, e é mista – homens e mulheres competem juntos e igualmente. Além de atletas com paralisia cerebral (PC), também podem participar pessoas com outras deficiências, desde que tenham o grau de deficiência exigido e comprovado.

“São 13 bolas, sendo seis azuis, seis vermelhas e uma branca – todas são confeccionadas com fibra sintética e pesam cerca de 280g. O objetivo é aproximar o maior número de bolas coloridas da branca, que é conhecida como Jack. Para isso, é preciso habilidade e eficiência, além, é claro, das técnicas e táticas adequadas”, informa o site da associação.

Data da última modificação: 19/11/2021, 14:25