Promover a integração entre indústria e academia, visando o desenvolvimento de novas tecnologias, o fomento à inovação e a formação de recursos humanos para diversas áreas da cadeia de petróleo, gás natural, biocombustíveis e energia renovável. Esse é o objetivo do Instituto de Pesquisa em Petróleo e Energia (Litpeg) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que completou dois anos no último dia 12. A data foi marcada pela realização de uma solenidade on-line, transmitida ao vivo pelo YouTube da UFPE.

A mesa virtual do evento contou com a presença do reitor Alfredo Gomes e do vice-reitor Moacyr Araújo, que proferiram as saudações iniciais da cerimônia. Para Moacyr Araújo, que participou do início da organização do instituto, os dois anos celebrados na última semana são uma mostra da resiliência e da capacidade do brasileiro de resistir. “Foram dez anos de luta para que a gente pudesse chegar onde estamos hoje. Isso se deu pela nossa capacidade de insistir naquilo que nós sonhamos, na capacidade de a gente pensar um país grande, uma sociedade mais justa e como a ciência e a tecnologia podem contribuir nesse sentido”, disse ele, que finalizou sua fala com uma mensagem de solidariedade aos familiares e amigos das vítimas da Covid-19.

Coordenador do Litpeg, o professor Paulo Lyra ressaltou a importância do instituto para a sociedade. “Um instituto avançado de pesquisa tem a função de gerar e transmitir conhecimento, consolidar competências, avançar na formação científica e cidadã de seus alunos e pesquisadores, buscando soluções para os grandes desafios nacionais e internacionais”, afirmou. “O instituto, com autonomia, pautado por valores humanistas e norteado pelos princípios éticos, nos faz retornar à sua finalidade, que é de mudar a realidade que nos cerca”, completou.

Para o reitor Alfredo Gomes, é preciso fortalecer a Universidade como forma de criar um legado para o país. “Ao celebrarmos dois anos deste instituto, estamos dizendo na prática que a Universidade é necessária para legarmos às futuras gerações um projeto de País no qual a soberania nacional, por meio do petróleo, educação, ciência e tecnologia, se transforme em setores estratégicos para o nosso desenvolvimento e à nossa Universidade”, disse o reitor. “Uma instituição que faz formação e pesquisa, como o Litpeg, e que tem um impacto profundo na questão da sociedade, deve ser fortalecida”, completou.

Além do reitor Alfredo Gomes, do vice-reitor Moacyr Araújo e do coordenador do Litpeg, o professor Paulo Lyra, a mesa virtual pelos dois anos do instituto foi composta ainda pela pró-reitora de Pós-Graduação, Carol Leandro; pela secretária-executiva da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da UFPE (Fade), Maira Pitta; e pelo presidente da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe), Fernando Jucá. Teve ainda a participação de Alfredo Renault, superintendente de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), e do palestrante do evento, Marcelino Guedes Gomes, diretor da Pipeline Brasil.

A programação da solenidade de celebração dos dois anos do Litpeg teve ainda homenagens à técnica administrativa Gabriela de Aguiar Silva e à professora Andréa de Seixas, e a palestra “Pipelines e seus desafios tecnológicos”, proferida por Marcelino Guedes.

INSTITUTO – O Litpeg é composto por um conjunto de 12 laboratórios integrados e instalados em um complexo de três edificações, em uma área total de 13.299 m². Esses laboratórios estão equipados com os mais modernos recursos nas áreas de análises químicas, análise de materiais geológicos, tecnologia de materiais para a indústria, biotecnologia, computação de alto desempenho, refino e petroquímica, formando um importante parque de equipamentos e instalações para seus pesquisadores.

Cerca de 450 profissionais – entre docentes, pesquisadores e técnicos – trabalham no Litpeg, com o apoio de pesquisadores visitantes e estudantes de pós-graduação e de graduação. O instituto representa uma proposta inovadora para a produção de conhecimento e tecnologia voltados para o setor de energia, cuja esfera de atuação e integração se estende a vários outros centros e grupos de pesquisa da UFPE.