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Sessão solene de outorga do título de Doutor Honoris Causa ao pensador Edgar Morin será nesta quarta-feira (14)
O pensador francês será representado pelo professor Alfredo Pena-Vega, diretor científico do Centro Edgar Morin e do projeto Pactos da Juventude Global pelo Clima
Será realizada, na próxima quarta-feira (14), a sessão solene de outorga do título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) ao pensador francês Edgar Morin, que será representado pelo professor Alfredo Pena-Vega, diretor científico do Centro Edgar Morin e do projeto Pactos da Juventude Global pelo Clima. O evento será, às 14h30, no Auditório Reitor João Alfredo, no 1º andar da Reitoria, no Campus Recife.
Edgar Morin nasceu em Paris, no dia 8 de julho de 1921. É um antropólogo, sociólogo e filósofo francês, judeu de origem sefardita. Pesquisador emérito do Centre National de la Recherche Scientifique. Formado em Direito, História e Geografia, realizou estudos em Filosofia, Sociologia e Epistemologia. É autor de mais de 30 livros, entre eles “O Método” (seis volumes), “Introdução ao Pensamento Complexo”, “Ciência com Consciência” e “Os Sete Saberes Necessários para a Educação do Futuro”. Durante a Segunda Guerra Mundial, Morin participou da Resistência Francesa. Ele é considerado um dos principais pensadores contemporâneos e um dos principais teóricos da complexidade. Filho único, seu pai, Vidal Nahoum, era um comerciante originário de Salônica. Sua mãe, Luna Beressi, faleceu quando ele tinha dez anos. Ateu declarado, descreve-se como um neomarrano.
OBRAS – A principal obra de Edgar Morin, “La méthode” (em português, “O Método”), é constituída por seis volumes, tendo sido escrita durante três décadas e meia. Trata-se de uma das maiores obras de Epistemologia disponíveis.
O livro “O paradigma Perdido: a natureza humana”, de 1973, representa uma revolução no estudo dos problemas do homem e abre perspectivas verdadeiramente inéditas e novas para a compreensão do fenômeno humano. Até aqui a Antropologia se movimentava, sobretudo, em torno do fenômeno razão; Edgar Morin pretende que passe a se movimentar em torno do fenômeno natureza, o 'paradigma perdido'.
Seu primeiro livro traduzido para o português é “O Cinema ou o Homem Imaginário”, em 1958. Morin afirma que diante dos problemas complexos que as sociedades contemporâneas hoje enfrentam, apenas estudos de caráter inter e politransdisciplinar poderiam resultar em análises satisfatórias de tais complexidades.