“Vivendo bem com a doença renal” é o tema da campanha do Dia Mundial do Rim deste ano, comemorado na segunda quinta-feira do mês de março (11) e que tem como principal objetivo promover a conscientização sobre a crescente presença de doenças renais em todo o mundo bem como a necessidade de estratégias para a prevenção e cuidado dessas enfermidades. Para celebrar a data, o Hospital das Clínicas da UFPE, vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), irá realizar diversas atividades nos dias 11 e 12 deste mês. 

Além delas, a equipe multiprofissional do Serviço de Nefrologia produziu três vídeos com orientações para viver bem com a doença renal, dando dicas de alimentação; exercícios físicos; saúde mental; alternativas de substituição renal; como prolongar a vida dos rins, direito à informação, entre outros temas. Confira aqui. A produção contou com o apoio da Unidade de Comunicação Social e edição da Assessoria de Comunicação da UFPE.

Nos dias 11 e 12, as ações contam com exposição de banners, exibição de vídeos educativos e entrega de material informativo nas portarias 1 e 4 da instituição, sendo direcionadas a toda a comunidade hospitalar. No dia 11, das 10h às 12h, e no dia 12, das 8h às 12h, ainda haverá atividades educativas em saúde dirigidas aos pacientes da hemodiálise.

De acordo com o Ministério da Saúde, estima-se que haja atualmente no mundo 850 milhões de pessoas com doença renal, decorrente de várias causas e que a Doença Renal Crônica (DRC) causa pelo menos 2,4 milhões de óbitos por ano, com uma taxa crescente de mortalidade. No Brasil, a estimativa é de que mais de dez milhões de pessoas tenham a doença.

A nefrologista do HC Gisele Vajgel explica que, para prevenir as doenças renais, é necessário que as pessoas busquem desenvolver hábitos de vida mais saudáveis. “Fazer atividades físicas, controlar o peso, a pressão e a glicemia são ações que vão prevenir no futuro as doenças renais”, destaca.

Para quem já tem a doença renal, ela reforça que é preciso ter uma atenção especial em relação à qualidade de vida desse paciente. “Mesmo com a doença renal, é possível, sim, obter essa qualidade de vida. É fundamental que esses pacientes pratiquem exercícios físicos adaptados para as suas necessidades, que tenham uma boa alimentação e que tenham cuidado com o sono. A equipe multidisciplinar é muito importante na abordagem desse paciente que possui várias particularidades e devem ser bem orientados para que tenham uma melhor qualidade de vida e um maior tempo de sobrevida da função renal”, acrescenta.

DOENÇAS RENAIS CRÔNICAS – Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, a DRC se caracteriza por lesão nos rins que se mantém por três meses ou mais com diversas consequências e, na maioria dos casos, nos estágios iniciais, é silenciosa, havendo poucos ou nenhum sintoma. Dessa forma, o diagnóstico pode ocorrer de forma tardia quando o funcionamento dos rins já está bastante comprometido. É importante salientar que o diagnóstico precoce é fundamental e pode ser feito por meio de exames como a creatinina no sangue e o exame de urina simples.