A Revista AntHropológicas, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), lançou, na última sexta-feira (16), o dossiê “Visões críticas e cosmopolíticas para uma antropologia da infraestrutura Latino Americana”. O 31° volume foi organizado pelos professores Alex Vailati (PPGA) e Anthony D’Andrea (Universidade de Chicago) e conta com diversos textos, como artigos, resenhas e afins. A edição está disponível para download gratuito no site da revista. 

A AntHropológicas foi lançada em 1995 tendo como objetivo principal ser um canal para apresentar à comunidade acadêmica a produção do campo antropológico local, sobretudo do PPGA/UFPE. A revista é semestral e publicada com uma sessão temática e uma sessão de artigos avulsos. Além disso, destina-se ao desenvolvimento das discussões contemporâneas na Antropologia, em suas diversas áreas. Buscando ampliar o debate e a circulação maior de ideias, a AntHropológicas também dá abertura para a produção de autores de outras instituições nacionais e estrangeiras.

Resumo

Infraestrutura se tornou termo-chave do debate político-econômico contemporâneo. Partindo de uma visão inicialmente materialista clássica que privilegia condições sociais e materiais, a categoria vem sendo mais recentemente retrabalhada através de perspectivas epistêmicas da antropologia. Estas abordagens examinam como formações materiais-simbólicas se engajam através de redes e contextos (des)localizados. Assim, sistemas de produção e distribuição se reconstituem em diversas escalas de agência e consciência a níveis sub e suprainstitucional.

As contribuições originais colocadas neste dossiê apresentam uma antropologia da infraestrutura emergente no Brasil, assim como a tradução para o português, de dois artigos clássicos. As obras inéditas tratam de tópicos de relevância contemporânea e já aqui aplicam, repensam e avançam elementos teóricos discutidos nesta introdução e nos artigos de Susan Leigh Star e Brian Larkin que aqui publicamos. Esta amostragem inclui análises etnográficas sobre efeitos temporais, excludentes e dominadores de infraestruturas industriais, digitais e neoliberais, assim como experiências e práticas de resistência e criatividade em relação às mesmas.

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