O reitor Alfredo Gomes e o vice-reitor Moacyr Araújo participaram hoje (2) pela manhã de audiência pública na Assembleia Legislativa sobre “Geração e Distribuição de Energia Solar em Pernambuco”, atendendo a convite das Comissões de Finanças, de Negócios Municipais e de Desenvolvimento Econômico da Casa, que convocaram o evento. A audiência foi presidida pelo deputado Aluísio Lessa, presidente da Comissão de Finanças.

Fotos: Luciana de Souza Leão

Experiência das usinas fotovoltaicas da UFPE foram destacadas pelos gestores

Na ocasião, diante de vários deputados e de representantes de órgãos estaduais – Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe), Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Agência de Regulação de Pernambuco (Arpe) – Ministério Público do Estado de Pernambuco, Neonergia, Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) e de empresários do setor, o reitor destacou as ações que a Universidade vem desenvolvendo nas áreas de pesquisa e inovação na área. Ele enfatizou que a UFPE implantou seis usinas fotovoltaicas este ano, nos três campi, representando uma economia de R$ 1,6 milhão por mês. “É preciso discutir com os órgãos de fomento a ampliação de recursos para financiar novas pesquisas na área de energia solar, extremamente importante para a diversificação da matriz energética do país”, afirmou ele.

Economia na UFPE é de R$ 1,6 milhão por mês, diz Alfredo

Já o vice-reitor, que atua como pesquisador na área de sustentabilidade, enfatizou que, nos últimos 40 anos, houve 40% de perda nas precipitações hídricas devido ao aumento do desmatamento no país. “A crise que vivemos hoje é maior que aquela vivida na época do apagão de energia elétrica. O caminho é investir no corredor solar do Brasil, o semiárido”, afirmou Moacyr Araújo, que falou em “sol para todos”, se referindo à necessidade de todos terem acesso à energia gerada pelo sol, especialmente em regiões como o Nordeste com sol o ano inteiro. Para Moacyr Araújo, é preciso depender cada vez menos dos recursos hídricos para a geração de energia.

Segundo ele, ao se referir ao investimento feito na UFPE com as seis usinas fotovoltaicas, a Universidade deixou de emitir 260 toneladas de C0² por ano, exemplo que deve ser seguido por governos e empresas. “Investir em descarbonizar as suas atividades é a saída para todos”, afirmou ele.