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Programa de Pós-Graduação em Geociências promove defesa de dissertação amanhã (26)

Trabalho é de autoria de Lília Albuquerque da Silva

O Programa de Pós-Graduação em Geociências promove defesa de dissertação amanhã (26), às 14h, de autoria de Lília Albuquerque da Silva, que foi orientada pela professora Thais Andressa Carrino e coorientada pela professora Rosa Elvira Correa Pabón (ITV). O trabalho “Caracterização Espectral de Skarns Mineralizados em W-Mo-Vesuvianita: o exemplo do skarn de Umbuzeiro Doce (PB)” será apresentado on-line, via Google Meet. 

A banca examinadora será composta pelos docentes: Thais Andressa Carrino (orientadora), Gustavo Macedo de Mello Baptista (UnB) e Sebastião Rodrigo Cortez de Souza (UFPE).

Resumo

A Província scheelitífera do Seridó e conhecida pela ocorrência de depósitos minerais de skarns mineralizados principalmente em W, Mo e Au. Neste trabalho, estudaram-se bolsões de skarns de Umbuzeiro Doce, localizado na cidade de Santa Luzia (PB). Para a caracterização mineral, foi utilizada a técnica de espectroscopia de reflectância associada a análise petrográfica. Foram utilizadas 61 curvas espectrais que foram normalizadas pela técnica de remoção do contínuo, em que foi possível individualizar as principais fases minerais, estabelecendo-se os seguintes zoneamentos minerais: (i) a zona de mármore, com feições de absorção em 2340 e 2475nm (C-O); (ii) a zona de tremolita mármore, com absorções típicas em 1393 (OH) e 2313nm (Mg-OH); (iii) a zona de granada-vesuvianita que apresenta absorção principal em 2215nm (OH); (iv) a zona de diopsídio-hornblenda com feição de absorção característica em 1153nm (Fe2+); (v) a zona de wollastonita tardia, que não apresenta assinatura espectral diagnóstica. Cristais de molibdenita ocorrem na interface de mármore com zonas de alteração granada-vesuvianita e diopsídio-hornblenda. Apenas houve um registro de afloramento de mármore portador de cristais de vesuvianita violeta com potencial gemológico, diferenciada de outras variações por absorções de Cr3+ em ~548 e 680nm. A partir das associações minerais e análise pontual da espectroscopia de reflectância, foram gerados índices espectrais, de forma a automatizar e otimizar a identificação de zonas potenciais a exploração de Mo, W e de vesuvianita gemológica. Os índices elaborados foram o índice espectral de mármore (MI = p 2414nm/p 2475nm), o índice espectral de tremolita mármore (TMI = p 1360nm/p 1393nm), o índice espectral da zona de granada-vesuvianita (GVI = p 2140nm/p 2215nm); o índice espectral da zona de diopsídio-hornblenda (DHI = (p 500nm/p 1153nm)/p 1380nm), e o índice espectral de vesuvianita violeta (VVI = p 476nm/p 548nm). Esta metodologia baseada na caracterização espectral e criação de métricas espectrais pode ser usada como guia exploratório para ocorrências e depósitos de Mo e/ou W e vesuvianita violeta que apresentem um zoneamento mineral semelhante ao de Umbuzeiro Doce.

Data da última modificação: 25/01/2022, 16:22