Notícias Notícias

Voltar

Povo Tupi, alternativa aos inseticidas sintéticos e utilização de molusco na construção civil no Univerciência na TVU

O programa Univerciência tem a participação de instituições de todos os estados nordestinos

O Univerciência de amanhã (3) vai mostrar uma pesquisa que catalogou resquícios de ocupação dos povos indígenas de etnia Tupi na Paraíba. O programa vai falar também sobre uma alternativa aos inseticidas sintéticos e sobre a reutilização da concha de um molusco na construção civil. O programa vai ao pela TVU, às terças, às 20h30.

Uma equipe de pesquisadores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) catalogou resquícios de ocupação de povos indígenas de etnia Tupi em pelo menos 16 localidades do Brejo, Agreste e Sertão paraibanos, regiões historicamente conhecidas por terem sido ocupadas por povos originários de outra etnia, os tapuias. Os objetos descobertos no Sítio Moconha, em Serra Grande, semelhantes a grandes panelas de barro, revelam a forma como os tupis sepultavam seus mortos – eles aproveitavam os recipientes velhos que eram usados para cozinhar, guardar água ou comida. O material descoberto é tratado e guardado no Laboratório de Arqueologia e Paleontologia da universidade e pode ajudar a reescrever a história do estado.

A busca por produtos inseticidas mais eficientes, seguros e menos tóxicos é de grande interesse para a ciência já que muitas doenças de importância epidemiológica são transmitidas por insetos. Pensando nisso, cientistas do Laboratório de Pesquisas de Inseticidas Naturais (Lapin) e do Laboratório de Pesquisas e Produtos Naturais (Lapron), ambos da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), vêm desenvolvendo estudos acadêmicos para produção de inseticidas alternativos no mercado, uma vez que a grande maioria dos produtos comercializados são sintéticos, e o uso em doses cada vez maiores vem provocando a contaminação de solos, águas, alimentos, animais e, consequentemente, do próprio ser humano.

Pesquisadores da Universidade de Pernambuco (UPE) encontraram uma solução para os resíduos ricos em cálcio, magnésio e fósforo, que são descartados e provocam desequilíbrio ecológico. As pesquisas científicas comprovaram que a mistura da trituração da casca do sururu, molusco que é uma das principais iguarias da culinária na região da Ilha de Deus, em Pernambuco, associada a alguns outros insumos resultam em um material muito semelhante a areia e pode ser utilizado na construção civil. O projeto tem o objetivo de limpar a paisagem da Ilha e ainda possibilitar aos moradores a reutilização do produto extraído desse descarte do molusco. O trabalho vem sendo elaborado com a comunidade local, que vive em uma região pesqueira e que tem sua economia ligada aos recursos naturais extraídos de rios e mangues que circundam a cidade.

O programa Univerciência tem a participação de instituições de todos os estados nordestinos a partir da parceria entre as universidades e televisões públicas da região. A produção do conteúdo é colaborativa e a veiculação acontece em TVs públicas, educativas, culturais e universitárias, e nos canais das emissoras e das universidades na internet.

Data da última modificação: 02/08/2021, 19:36