O Núcleo de Estudo e Etnicidade de Pernambuco (Nepe), que faz parte do Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA) da UFPE, promove, nesta sexta-feira (26), o evento on-line “Mapeamento das coleções etnográficas Brasil em Pernambuco – Os terreiros e seus memoriais em construção”, das 19h às 21h, no canal do Nepe no YouTube. 

A apresentação será do professor Renato Athias, coordenador do Nepe, com mediação de Alexandre Gomes – Nepe/UFPE. Atuarão como palestrantes Nathalia Valeska Bringuel (mulher de terreiro), o sacerdote Ademir Soares (pai Ademir de Logunedé), o sacerdote Edson Araújo (pai Edson de Omolu) e Fábio Cruz da Cunha (mestrando/PPGA).

Este debate se propõe abordar dois temas que têm sido frequentes dentro da discussão do mês da Consciência Negra (novembro): a representatividade e a memória religiosa e cultural dos terreiros de candomblé e centros de religiões de matriz africana. 

Ela buscará mostrar as ações e alguns resultados parciais do Projeto Mapeamento das Coleções Etnográficas do Brasil, que vem sendo realizado no Estado de Pernambuco sobre a coordenação do Nepe (pesquisadores Renato Monteiro Athias e Alexandre de Oliveira Gomes). Integra também esta equipe o mestrando Fábio Cruz da Cunha, que vem desenvolvendo sua pesquisa de campo de dissertação, que aborda os objetos religiosos nas ritualísticas dos terreiros de candomblé. Nessa pesquisa de campo nos templos de religiões de matriz africana, Fábio construiu uma interlocução com os sacerdotes e os seguidores destas religiões.

Esta live procurará contar as histórias dos trajetos religiosos destes babalorixás dentro dos processos de recolha e guarda da memória religiosa do “povo de santo” em seus espaços sagrados, através da manutenção, guarda e cuidado com os  objetos que representam a identidade social e cultural de suas comunidades religiosas. A partir desse movimento de criação e manutenção de seus espaços de memoriais e culturais, estes sacerdotes agenciam ações e decisões sociais que escolhem o que se deve lembrar ou se quer esquecer. Esses templos religiosos vêm interagindo assim nas suas comunidades a partir ações sociais que interferem nas vidas daqueles que circundam tais terreiros.