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HC passa a integrar rede internacional de Centros de Referência e Excelência em Dermatite Atópica e em Urticária

Médica do HC e professora da UFPE, Ana Caroline Dela Bianca, comemora resultado de trabalho

O Hospital das Clínicas da UFPE/Ebserh recebeu duas certificações pela Rede Europeia Global de Alergia e Asma (GA²LEN, da sigla em inglês), uma delas como Centro de Referência e Excelência em Dermatite Atópica e outra como Centro de Referência e Excelência em Urticária, sendo uma das cinco instituições brasileiras a receber esse reconhecimento em 2021. O HC é unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

Com isso, o HC passa a integrar essa rede internacional de excelência. “Passamos por uma auditoria externa baseada num checklist minucioso de avaliação de 32 quesitos que atestaram a qualidade de nossos atendimentos, pesquisas e ensino como equivalente a de qualquer outro centro qualificado do mundo. É fruto de um trabalho que já vem sendo realizado há 20 anos pelo nosso Serviço de Alergologia e Imunologia e, desde 2013, pelo Ambulatório de Dermatoses Alérgicas”, explica a chefe do Serviço de Alergologia e Imunologia do HC e professora do Centro de Ciências Médicas (CCM) da UFPE, Ana Caroline Dela Bianca.

“Essa certificação é dada por uma importante rede internacional que avalia o ensino, pesquisa e assistência prestados por diversos centros do mundo que tratam a alergia e a asma. Isso mostra a excelência do Serviço no estudo e tratamento da dermatite atópica e da urticária crônica desenvolvidos pela equipe do HC, sob a liderança das professoras Ana Caroline Dela Bianca (chefe do Serviço de Alergologia e Imunologia) e Dayanne Bruscky (coordenadora do Ambulatório de Dermatoses Alérgicas) e da imunoalergista Ana Carla Moura (médica e preceptora da Residência Médica do HC)”, explica o professor Emanuel Sarinho, também do CCM da UFPE, que é associado ao Serviço de Alergologia e Imunologia do HC e presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai).

Alguns dos quesitos avaliados pela GA²LEN são o índice de cuidado e estrutura do serviço para a satisfação dos pacientes (acima de 90%), a disponibilidade de passar as informações claras aos pacientes, a aderência dos pacientes ao tratamento, bem como a qualidade do ensino, a relevância das pesquisas desenvolvidas e possuir profissionais qualificados, entre outros. Até 2020, apenas três centros no Brasil integravam a Rede de Dermatite Atópica – dois em São Paulo e um no Paraná (o HC-UFPR, que também é vinculado à Rede Ebserh). Em Urticária, eram 12 centros no País até 2020 – apenas dois no Nordeste: na Paraíba e na Bahia (o Hupes-UFBA, também filial da Rede Ebserh).

“É uma grande satisfação saber que é possível fazer um atendimento de qualidade, mesmo com as limitações do SUS. A cada dois anos, seremos reavaliados quanto à manutenção do padrão de qualidade e, a partir de agora, temos a oportunidade de participar de pesquisas multicêntricas internacionais, o que nos dará mais visibilidade e responsabilidade”, completa Ana Caroline.

A dermatite atópica é uma doença crônica da pele (não possui cura, mas pode ser controlada) caracterizada por lesões que coçam e formam crostas. Ela afeta, principalmente, crianças (cerca de 3% a 5% delas podem manifestar a doença). O tratamento é baseado na hidratação adequada da pele e em medidas que evitam os agentes irritantes da pele que deflagram e/ou agravam os sintomas. Em alguns casos, é necessário o uso de imunossupressores ou anticorpo monoclonal para seu controle.

Já a urticária é marcada por placas vermelhas na pele fruto de uma reação a alergias, infecções, calor. A urticária crônica espontânea é causada por alterações imunológicas. O principal passo no tratamento da urticária crônica espontânea é a prescrição de remédios anti-histamínicos e, nos casos mais graves e resistentes, pode ser necessário o uso de anticorpo monoclonal para modular o sistema imune.

Data da última modificação: 23/03/2021, 17:11