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Estudo inédito desenvolvido na UFPE mapeia perda de massa muscular em pacientes com covid-19 internados em UTI

Trabalho foi conduzido pelo mestrando Pedro Henrique de Moura

Estudo inédito conduzido por pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) mapeou as implicações da internação em UTI de pacientes na fase aguda da covid-19 para a perda de massa muscular de membros inferiores, superiores e na área abdominal. Intitulado “Mapeamento da sarcopenia periférica e abdominal adquirida na fase aguda da covid-19 durante 7 dias de ventilação mecânica”, o trabalho publicado na revista científica Nature foi conduzido no Hospital da Mulher do Recife pelo mestrando do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFisioterapia) Pedro Henrique de Moura, sob orientação da professora Shirley Lima Campos e coorientação da professora Helga de Souza.

Entre os resultados observados pelos pesquisadores estão o fato de que a perda muscular nos membros inferiores, superiores e região abdominal ocorre de forma progressiva ao longo dos dias de ventilação mecânica nos pacientes com covid-19 internados em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI). A perda tem início nos membros inferiores e é maior nos três primeiros dias. O declínio prossegue de forma contínua até o 7º dia de internação. Enquanto isso, os membros superiores apresentam declínio substancial de massa até o 5º dia de internação. Já a massa dos músculos abdominais diminui no 7º dia de internação em UTI.

“Pacientes gravemente enfermos podem ser afetados pelo distúrbio devido a fatores como inflamação, estado de gravidade e restrição ao leito, podendo ter comprometimento na funcionalidade e pior evolução clínica”, explica a professora Shirley Campos. “Ao gerar um mapa da perda de massa muscular, o rastreamento [realizado por ultrassom] traz implicações para a identificação precoce da futura deterioração da força e funcionalidade e orienta os profissionais intensivistas para a adoção de estratégias para prevenir ou atenuar o dano muscular induzido pelo repouso prolongado no leito e o uso de ventilação mecânica na fase aguda da doença”, completa Shirley. 

A pesquisa foi financiada pela UFPE, via Pró-Reitoria de Pós-Graduação (Propg), e pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe). Os interessados podem acessar material com análises complementares sobre o estudo no link. 

Data da última modificação: 20/03/2023, 15:55