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Especialista do HC explica sobre a Doença de Parkinson

Os principais sintomas incluem a lentidão em realizar e iniciar movimentos, rigidez muscular, diminuição dos reflexos e o tremor, em especial, o de repouso

O 11 de abril é o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson, data estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com o objetivo de trazer esclarecimentos sobre a doença e reforçar a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado. No Hospital das Clínicas da UFPE, vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), os pacientes acometidos pela enfermidade são acompanhados pelo Ambulatório de Doença de Parkinson e também pelo projeto de extensão Pró-Parkinson da UFPE, que presta orientações e assistência multiprofissional aos pacientes e seus familiares.

A Doença de Parkinson é uma doença neurodegenerativa, crônica e progressiva que afeta os neurônios dopaminérgicos, responsáveis pelo controle e ajuste da transmissão dos comandos conscientes para os músculos do corpo, além de outras estruturas cerebrais. Os principais sintomas incluem a lentidão em realizar e iniciar movimentos (bradicinesia), rigidez muscular, diminuição dos reflexos e o tremor, em especial, o de repouso.

De acordo com dados da OMS, cerca de 1% da população mundial acima dos 60 anos sofre com a Doença de Parkinson, com a incidência aumentando com o avançar da idade. No Brasil, são estimadas 200 mil pessoas. É a segunda enfermidade neurodegenerativa mais comum, ficando atrás apenas da Doença de Alzheimer.

Segundo o neurologista e coordenador do Ambulatório de Distúrbios do Movimento do HC, Marcos Eugênio Bezerra, por ser uma enfermidade progressiva e neurodegenerativa, a Doença de Parkinson ainda não possui cura, mas o tratamento costuma ser bastante eficaz no controle dos sintomas e tem abordagem multidisciplinar (englobando fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, nutrição, terapia ocupacional e enfermagem especializada). “O tratamento medicamentoso disponível hoje no mercado costuma melhorar muito a qualidade de vida e independência desses pacientes”, explica.

Marcos Eugênio reforça que, além do tratamento medicamentoso, existe a terapia neurocirúrgica (para casos e pacientes específicos). “No tratamento cirúrgico, os pacientes precisam preencher alguns pré-requisitos para serem submetidos ao procedimento”, diz.

O especialista alerta também para a importância do diagnóstico precoce. “Todos aqueles que têm essa patologia devem procurar assistência médica para iniciar o tratamento, ter o seu diagnóstico o mais precoce possível para que assim consigam melhorar a qualidade de vida, melhorar os seus sintomas e retornar às suas atividades com a maior brevidade e com a melhor eficácia”.

O diagnóstico da doença é realizado por meio de avaliação clínica dos sinais e sintomas do paciente e por exames complementares (como tomografia cerebral e ressonância magnética, por exemplo).

Data da última modificação: 09/04/2021, 17:57