Hoje (8) é o Dia Mundial dos Oceanos, data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) para aumentar a conscientização global dos benefícios que a humanidade obtém do oceano e do dever individual e coletivo de usar seus recursos de maneira sustentável. Este ano, o tema é “Inovação para um oceano sustentável”. De hoje até sábado (13), o Museu de Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) preparou uma série de atividades on-line para marcar a data.

A ONU também considera que a década que vai de 2021 até 2030 é a Década Internacional da Oceanografia para o Desenvolvimento Sustentável. A iniciativa visa ampliar a cooperação em pesquisa para promover a preservação dos oceanos e a gestão dos recursos naturais de zonas costeiras. As atividades do decênio serão lideradas pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A ONU pretende diversificar as fontes de financiamento e ampliar parcerias.

Para o vice-reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), professor Moacyr Araújo, do Departamento de Oceanografia, não se pode falar em planeta sustentável sem falar em oceano sustentável. “Ele tem papel essencial no clima, na vida, na biodiversidade e na economia, pois atinge todos os aspectos da vida no planeta”, explica, lembrando que a contribuição científica e acadêmica permite a compreensão do ecossistema marinho e sua influência nos ecossistemas terrestres.

“Estamos chegando a uma situação de saturação dos oceanos”, afirma, destacando os desafios da mudança do clima, do aumento do nível dos mares e da acidificação dos oceanos. A poluição por microplástico é outro problema sério para a vida de diversas espécies, incluindo o homem. “É preciso ter um olhar diferenciado para os oceanos”, explica o professor, ressaltando a importância do conhecimento científico e da contribuição das universidades.

O Departamento de Oceanografia da UFPE é o segundo mais antigo do Brasil e muito do que vem sendo feito em outros locais passa por ele. Araújo explica que vários egressos do curso são pesquisadores de outras universidades e responsáveis pelo desenvolvimento de outros centros de pesquisa. Além disso, o departamento é integrado com vários projetos internacionais de desenvolvimento científico e tecnológico. “Antes de tudo, é preciso conhecer para preservar”, resume.