Notícias Notícias

Voltar

Desmistificação do suicídio será objetivo de encontro no HC na terça-feira (26)

O suicídio é uma questão que, atualmente, já se configura como um problema de saúde pública

O Serviço de Psicologia do Hospital das Clínicas da UFPE, unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), promoverá, na próxima terça-feira (26), uma palestra sobre o suicídio liderada pela psicóloga Josélia Quintas. O evento, que será aberto ao público geral, ocorrerá das 10h às 12h no auditório do Núcleo de Saúde Pública e Desenvolvimento Social (Nusp), localizado no 4º andar do HC. O intuito da palestra é chamar a atenção para o assunto, desmistificando o tema e reiterando a necessidade do engajamento de profissionais de saúde nessa problemática.

O suicídio é uma questão que, atualmente, já se configura como um problema de saúde pública e, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, representa a causa de morte de mais de 800 mil indivíduos no mundo por ano. Isso sem contar o número de tentativas de suicídio, menos amplamente mapeada, mas com projeções ainda maiores. Além do mais, ele também é a segunda maior causa de morte em jovens de 15 a 29 anos e tem uma alta taxa de ocorrência em países de média e baixa renda. “O suicídio, assim como suas tentativas, apresenta características multifatoriais. É uma problemática muito mais complexa do que se imagina, e pode envolver fatores emocionais, sociais, psiquiátricos, orgânicos, existenciais e até espirituais”, comenta Josélia Quintas.

A profissional adiciona que o suicídio pode estar relacionado a vários transtornos de saúde, sendo o mais importante deles a depressão. “Mas ele também pode acontecer frequentemente com pessoas com transtornos de personalidade, com uso abusivo de álcool e outras drogas, em doenças graves ou crônicas, por exemplo”, explica. Do ponto de vista psicológico, o apoio para a prevenção do suicídio apoia-se no entendimento das especificidades do indivíduo que demonstra tendências para o suicídio, possibilitando novos padrões de comportamento e modificando a ideia distorcida de que a morte é a única saída para determinados tipos de problema pelo qual o indivíduo possa estar passando. “Seguindo esses passos, preza-se por mais maturidade e menos impulsividade nas ações do paciente, fazendo-o aceitando melhor nossa condição humana de temporalidade e finitude”, finaliza Josélia.

Data da última modificação: 22/09/2017, 14:09