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Pesquisa na UFPE

Por Anísio Brasileiro, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UFPE
anisio.brasileiro@ufpe.br Este endereço de e-mail está protegido contra SpamBots. Você precisa ter o JavaScript habilitado para vê-lo.  

 
O conhecimento se constitui em um capital crucial para a integração da sociedade às riquezas geradas pelo trabalho. Mas para isso é fundamental fortalecer os sistemas nacionais de pesquisa, pós-graduação e inovação. O Brasil muito avançou nos últimos 50 anos. Através de esforços de pioneiros, o País vem consolidando instituições nacionais, como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), ambos ligados ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), vinculada ao Ministério da Educação. Essas instituições, com as fundações de apoio à pesquisa nos Estados, como a Facepe, colocam o Brasil entre os quinze países que mais publicam no mundo. Em 2008, o Brasil titulou mais de 35 mil mestres e cerca de dez mil doutores. 
 
Nesse contexto, inserem-se as universidades públicas, federais e estaduais. Pela qualidade de seu corpo docente, discente e técnico-administrativo, pelo rigor com que os concursos são realizados e pela autonomia que gozam na definição de áreas estratégicas de pesquisa, elas se constituem em instituições essenciais para o desenvolvimento. Daí se compreende o papel da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), instituição pública profundamente inserida no contexto local e regional.
 
A UFPE afirma sua vocação de formação de recursos humanos ao oferecer, em março de 2009, 80 cursos de graduação a um total de 26.280 alunos, 110 cursos de pós-graduação stricto sensu e 62 cursos lato sensu para 4.972 alunos de mestrado/doutorado e 2.251 de especialização. A qualidade de suas atividades se deve à titulação de seu corpo docente, formado por 1.851 professores, dos quais 1.336 têm o título de doutor. A UFPE possui hoje 465 grupos cadastrados no CNPq. Esses grupos são responsáveis por uma crescente produção científica. Entre 2003 e 2007, foram publicados 5.891 artigos, 712 livros, 2.305 capítulos de livros, 7.966 trabalhos em anais, sendo defendidas 3.688 dissertações de mestrado e 862 teses de doutorado.
 
As bem-sucedidas ações de fomento à pesquisa na UFPE se explicam, em primeiro lugar, pela existência de uma inovadora política de apoio aos pesquisadores através de editais públicos. Em decorrência de uma decisão tomada pelo reitor Amaro Lins, a Pró-Reitoria de Planejamento tem alocado recursos do tesouro aos editais: emergencial, grupos de pesquisa, apoio a congressos em Pernambuco, editoração de revistas, editoração de teses e dissertações, manutenção de laboratórios multiusuários, apoio aos recém-doutores e doutores recém-contratados, melhoria da infraestrutura da pós-graduação, e concessão de bolsas de mestrado e doutorado.

 

Em segundo lugar, destaca-se o desenvolvimento de uma metodologia de gestão das informações, através do processo atual de implantação do SIG@Pesquisa, em conjunto com o Núcleo de Tecnologia da Informação. O Em terceiro lugar, cite-se a realização de projetos estruturadores de pesquisa. É o caso da cooperação com a Petrobras nas áreas de engenharia de petróleo e geociências, de biotecnologia e conservação ambiental, de materiais e de sistemas inteligentes de inspeção de dutos. Essa cooperação com a Petrobras se estende hoje ao complexo portuário de Suape, com a construção da Refinaria Abreu e Lima e do Estaleiro Atlântico Sul. Trata-se de um trabalho conjunto com o governo de Pernambuco e demais entidades, a exemplo da Federação das Indústrias, através do Senai. 

 
É importante ressaltar o sucesso obtido pela UFPE nos editais MCT/Finep/CT-Infra e no recente edital dos Institutos de Ciência, Tecnologia e Inovação do MCT. Através desses editais, os recursos são alocados para a aquisição de equipamentos de grande porte e para a construção de infraestrutura física para os laboratórios. Ademais, esses recursos são aplicados em áreas estratégicas para o desenvolvimento científico e tecnológico da região, tais como: fármacos e medicamentos, metrologia arqueológica e patrimonial, saúde e meio ambiente, nanociências e nanotecnologias, bioengenharia, ciências exatas e naturais, bibliotecas de ciências humanas, informática e fotônica. Esses projetos só têm se viabilizado graças ao apoio da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Universidade (Fade), que tem tido papel essencial para o fortalecimento da UFPE. Esses esforços compartilhados vêm possibilitando à instituição desempenhar o seu papel formador de recursos humanos, indispensável para um desenvolvimento justo para o Nordeste e o Brasil.
 
Publicado na edição do dia 30 de outubro do Jornal do Commercio
Data da última modificação: 31/10/2016, 10:33

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