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Novas pós-graduações

Por Anísio Brasileiro, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UFPE

A Pós-Graduação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) dá início, neste primeiro semestre, às atividades de nove novos cursos, entre mestrados e doutorados, aprovados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), ligada ao Ministério da Educação. Esses novos cursos atendem a importantes demandas da sociedade por formação qualificada, em áreas de conhecimento estratégicas para o desenvolvimento econômico e social, tais como fármacos e medicamentos, ciências biológicas e da saúde, ciências humanas, artes e comunicações, além de estender, pela primeira vez, a pós-graduação para o interior do Estado, com o mestrado em saúde humana e meio ambiente, no campus de Vitória de Santo Antão. Assim, essas áreas estão em sintonia com as necessidades de formação de recursos humanos em torno dos projetos estruturadores em andamento em Pernambuco.
 
Os novos cursos criados são os mestrados em ciência da informação, saúde humana e meio ambiente, fisioterapia, filosofia e saúde coletiva, os doutorados em bioquímica e fisiologia, e odontologia, além dos mestrados e doutorados em inovação terapêutica e tecnologia energética nuclear, este último agora em associado ao Centro Regional de Ciências Nucleares do Nordeste. Com isso, a UFPE passa a oferecer um total de 109 cursos de pós-graduação stricto sensu a quase cinco mil pós-graduandos.
 
E entre as várias razões do sucesso da instituição em formar recursos humanos qualificados, ressalte-se o rigor com que, historicamente, a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesq) tem adotado procedimentos para abertura de novos cursos. As propostas só seguem para a Capes após sua análise por comissões de avaliação interna, juntamente com consultores externos à instituição. Ademais, as propostas têm que ser aprovadas nos organismos colegiados da instituição.
 
Registre-se ainda a elevada qualificação do corpo docente, com concursos realizados prioritariamente para pesquisadores com doutorado. Dos 1.791 docentes efetivos da UFPE, 1.237 possuem o título de doutor (63%). Um programa intensivo de contratação de professores visitantes, com experiência em áreas de pesquisa estratégicas, vem sendo implementado pelos programas de pós-graduação.
 
Acrescente-se a política de planejamento da universidade, que vem investindo no acompanhamento dos cursos, na alocação de vagas para concursos, na melhoria da infraestrutura física e computacional. Para auxiliar o planejamento, está sendo criado um banco de dados da pesquisa e da pós-graduação, em articulação com o Núcleo de Tecnologia e Informação, o Siga@-Pesquisa. Dentro desse planejamento, é importante destacar a integração da UFPE, em 2006, na gestão do professor Celso Pinto de Melo, ao Programa de Fomento à Pós-Graduação da Capes (PROF), que a colocou numa seleta lista das instituições com autonomia de gerenciamento integrado do seu sistema de pós-graduação.
 
A entrada da UFPE no Programa PROF resultou em uma melhor articulação entre as coordenações dos cursos e na adoção de uma política compartilhada de planejamento de alocação das bolsas. Um papel de destaque deve ser concedido à Fundação Estadual de Amparo à Pesquisa. Em 2008, do total de bolsas aprovadas pela Facepe, foram alocadas 144 bolsas de mestrado e 81 de doutorado para a UFPE. É fundamental enfatizar a integração da pós-graduação com a pró-reitoria acadêmica que cuida do ensino de graduação. A administração da UFPE tem a convicção de que a formação qualificada dos estudantes nos 84 cursos de graduação existentes será refletida também na pós-graduação.
 
Todo esse esforço da administração central, das diretorias de centro e das coordenações dos programas de pós-graduação se lastreia em uma forte política de apoio à pesquisa, por meio do estímulo à cooperação internacional, à alocação de recursos financeiros para apoio aos grupos de pesquisa, ao apoio importante da Fade à realização de projetos de pesquisa com instituições nacionais e regionais, a exemplo da Petrobras, Embrapa, Chesf, com os Ministérios de Ciência e Tecnologia, da Saúde com o governo estadual, além de inúmeras prefeituras. Portanto, ao se iniciar o novo ano de 2009, a UFPE reafirma seu compromisso com a formação de recursos humanos qualificados, condição básica para que, por meio da geração e transmissão do conhecimento, o Brasil possa se desenvolver de forma mais justa e democrática.
 
Publicado na edição do dia 5 de março do Jornal do Commercio
Data da última modificação: 31/10/2016, 10:44

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