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UFPE de qualidade

Anísio Brasileiro e Silvio Romero Marques

A universidade é uma das mais importantes instituições da sociedade. Como mostra Boaventura de Souza Santos, em A Universidade no Século XXI, ela é "uma instituição que liga o presente ao médio e longo prazo pelos conhecimentos e pela formação que produz e pelo espaço público privilegiado de discussão aberta e crítica que constitui". Como bem público, o patrimônio universitário precisa ser preservado e valorizado. Da mesma forma, um projeto de país inclusivo e soberano mede-se também pela importância que se concede à universidade nas políticas públicas, o que ocorre fortalecendo valores universitários, como mérito, espaço de reflexão crítica e reconhecimento social.

A universidade pública vem ocupando papel relevante tanto na formação de recursos humanos de qualidade quanto na realização de pesquisas em temas estratégicos. Esse é o caso da UFPE que, em todas as avaliações de mérito dos vários rankings realizadas em 2013, está entre as dez mais importantes universidades do Brasil. Também este ano, todos os dez cursos de graduação avaliados pelo Ministério da Educação tiveram conceitos bom e muito bom. E o Colégio de Aplicação, pela sua posição de destaque nacional, é motivo de orgulho para a UFPE. Na avaliação da pós-graduação que acaba de ser publicada pela Capes/MEC, a UFPE melhorou sensivelmente. Passamos a ter sete programas de pós-graduação de perfil internacional (eram dois em 2010): ciências políticas, nutrição, biologia vegetal, física, informática, química, engenharia de produção. Outros 18 programas foram considerados muito bons e 26, bons, além de 12 regulares.

Esse elevado desempenho acadêmico se reflete nas pesquisas e projetos com empresas públicas e privadas, como Petrobras, Chesf, Refinaria Abreu e Lima, Estaleiro Atlântico Sul, polo petroquímico, polos de saúde e automotivo. É esse ambiente de qualidade que permite à UFPE se projetar no plano internacional, sendo uma das instituições brasileiras que mais enviou estudantes, em 2013, para países de língua inglesa, tendo também realizado missões no Japão, China, Colômbia, Europa e Canadá, além de iniciar cooperações com países africanos. Vale lembrar também os projetos de extensão e de cultura, como o que assinamos com o Ministério da Cultura sobre preservação de museus e memórias África-Brasil. Em 2014, para manter esses padrões de qualidade, devemos melhorar os sistemas de gestão, com a inauguração, requalificação e novas infraestruturas, fortalecendo também seus instrumentos de comunicação. Um momento essencial será a conclusão do novo estatuto, que permitirá à UFPE aperfeiçoar seus mecanismos de participação interna e externa, com vistas a sermos uma instituição aberta ao mundo.

Artigo publicado no Jornal do Commercio em 11 de janeiro de 2014

Data da última modificação: 27/10/2016, 14:15

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