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Crescimento das universidades

Por Gilson Edmar, médico e vice-reitor da UFPE
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Durante longos anos, vivenciamos nas universidades grandes dificuldades de gerenciamento, resultado dos constantes cortes no seu orçamento, dificultando a sua manutenção e os investimentos necessários ao desenvolvimento do ensino, pesquisa e extensão. Isso atingia todas as Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) e também as outras universidades públicas estaduais e municipais.
 
No governo do presidente Lula, houve uma mudança significativa nas diretrizes oficiais em relação à educação superior. As universidades passaram a ser uma das prioridades governamentais, considerando a educação como um dos fatores marcantes para o desenvolvimento sustentável.
 
Várias ações foram desencadeadas nesse sentido. O Ministério da Ciência e Tecnologia passou a desempenhar um papel relevante, por iniciativa do ministro da época, o governador Eduardo Campos, e do atual, nosso professor do Departamento de Física, ministro Sergio Rezende, com a incrementação dos Fundos Setoriais para a Pesquisa e do Fundo de Infraestrutura. Isso permitiu um incentivo significativo à pesquisa, envolvendo as fundações de apoio, como a Facepe.
 
O Ministério da Educação (MEC) criou várias ações no sentido de fortalecer e ampliar o ensino superior no País. O programa de expansão das universidades, com a criação de novos câmpus, desencadeou o processo de interiorização, permitindo a que muitos jovens, que não teriam condições de frequentar uma Universidade nas capitais, pudessem realizar o sonho de fazer um curso superior. A UFPE criou o Câmpus do Agreste (em Caruaru) e o Câmpus de Vitória de Santo Antão. Houve também apoio local, mas, com os recursos federais, foi possível a construção de ambientes modernos e agradáveis. Criou-se também oportunidade para novos docentes, com a abertura de concursos nas diversas áreas e também para servidores técnico-administrativos.
 
Além disso, o ministro Fernando Haddad acenou com uma nova chance de ampliação das Ifes através de um projeto audacioso, o Programa de Reestruturação das Universidades (Reuni). Com ele, as Ifes se propuseram a ampliar o número de vagas para os cursos de graduação, a criar novos cursos estratégicos para a região e a melhorar as suas metas educacionais. A UFPE fez uma proposta bastante avançada. Foi criada uma dezena de novos cursos: arqueologia, museologia, dança, ciências atuariais, cinema, gestão da informação, engenharia de energia e de alimentos, oceanografia e relações internacionais. Ampliou-se o número de vagas nos diversos cursos de graduação e criaram-se outras no turno da noite, permitindo aos estudantes que trabalham poder frequentar a universidade. Foi estabelecido um programa para diminuir significativamente a evasão e a retenção, com reforço escolar e com a ampliação da assistência estudantil, através do número cada vez maior de diversas bolsas de apoio, além da inauguração próxima do Restaurante Universitário.
 
O MEC liberou recursos para a ampliação e a recuperação da infraestrutura necessária a este crescimento, além de criar mais vagas para abertura de concursos para docentes e servidores técnico-administrativos. Esperamos que a crise financeira mundial não venha a modificar este cenário tão promissor.
 
Tivemos também uma permanente parceria com as Prefeituras do Recife (através do ex-prefeito, João Paulo e do seu vice, Luciano Siqueira) e de Olinda (através da ex-prefeita Luciana Santos). Esses projetos continuam com os novos dirigentes, no sentido de aperfeiçoar cada vez mais o ensino médio e o ensino em saúde, com a qualificação dos profissionais pela UFPE. Outras parcerias foram consolidadas ou implementadas, como por exemplo, com a Petrobras e a indústria naval, ampliando a nossa pós-graduação, a pesquisa e a inserção da UFPE na sociedade.
 
Atualmente, inicia-se a discussão sobre um novo modelo proposto para o processo seletivo vestibular, utilizando o Enem e priorizando o conteúdo programático do ensino médio. Pela sua relevância está sendo tema para reflexão nas reuniões do Conselho Universitário de UFPE, que, tendo auscultado a sociedade, decidirá pela opção mais adequada deste novo processo de inclusão social.
 
Enfim, estamos num momento nunca antes vivenciado: a valorização da educação pelos governos federal, estadual e municipal. A UFPE está cumprindo o seu papel, pois, a gestão Amaro Lins/Gilson Edmar tem compromisso com o desenvolvimento de Pernambuco e do Brasil.
 
Publicado na edição do dia 30 de abril do Jornal do Commercio
Data da última modificação: 31/10/2016, 10:42

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