O vice-reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e coordenador da Rede Clima, professor Moacyr Cunha de Araújo Filho, foi condecorado com a insígnia de Cavaleiro da Ordem Nacional do Mérito da República Francesa em cerimônia realizada na quarta-feira (15), às 16h, na Torre Malakoff, no Recife Antigo. A honraria, concedida por decreto do Presidente da França, Emmanuel Macron, é uma das mais altas distinções concedidas pelo governo da França e reconhece a contribuição do pesquisador à cooperação científica internacional e ao impacto de suas pesquisas em oceanografia e mudanças climáticas. Ele recebeu a honraria das mãos do embaixador da França no Brasil, Emmanuel Lenain.

Com doutorado em Physique et Chimie de l’Environnement pelo Institut National Polytechnique de Toulouse, na França, o professor Moacyr Araújo tem se destacado por sua atuação em redes de pesquisa voltadas à proteção dos oceanos, da biodiversidade e do clima global. A condecoração francesa simboliza o reconhecimento à relevância de sua trajetória acadêmica e ao fortalecimento das relações bilaterais entre Brasil e França no campo científico.

A Ordem Nacional do Mérito é uma das mais altas distinções concedidas pelo governo francês e homenageia personalidades que se destacam por seus serviços exemplares em diversas áreas do conhecimento e da sociedade. Segundo documento emitido pela Embaixada da França no Brasil, a homenagem ao vice-reitor da UFPE “constitui o reconhecimento de sua participação na excelência dos centros de investigação que visam proteger o meio ambiente, os oceanos e a biodiversidade”. A nota oficial acrescenta ainda que “a França espera continuar estes esforços ao seu lado”.

Para o professor Moacyr Araújo, receber a condecoração da França foi um momento especial, de muita emoção, que significou um reconhecimento do governo francês por toda a sua trajetória, mas também para a UFPE. “Pra mim é um dia muito especial, porque representa, na verdade, toda uma trajetória, e eu fico até um pouco emocionado. Esse reconhecimento tem tudo a ver com o que eu pude fazer para fora da UFPE, mas também muito para dentro dela. Então, para mim, é um reconhecimento que não é só para o professor Moacyr hoje, mas também para a Universidade Federal de Pernambuco, tendo essa projeção toda ao longo de todos esses anos, sendo representada em tantos fóruns internacionais, participando de tantas atividades no Atlântico, na Antártica. Enfim, eu acho que a bandeira da UFPE é a bandeira que eu sempre tive muito orgulho de levar comigo, e essa é uma condecoração para a UFPE”, afirmou.

Na mesma ocasião, a professora da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e diretora científica da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe), Flávia Lucena Frédou, recebeu a Comenda da Ordem das Palmas Acadêmicas (Ordre des Palmes Académiques). “Essa medalha é um reconhecimento de uma história, tanto pessoal quanto profissional, que eu tenho com a França, de cooperação já de longo prazo, que começou com ciência e progrediu muito na formação de recursos humanos. A gente tem alunos que hoje em dia são professores, que são grandes pesquisadores. E evoluímos muito na divulgação da ciência, a exemplo do Projeto Terra-Mar. É a gente entender que a ciência é aberta para todo mundo e que tem que chegar até a sociedade”, disse.

Com relação à medalha recebida pelo professor Moacyr Araújo, a distinção representa, para a comunidade acadêmica da UFPE e para a Rede Clima, um marco de prestígio e uma reafirmação do papel estratégico do Brasil nas pesquisas sobre mudanças climáticas e sustentabilidade planetária. O reconhecimento internacional reforça o compromisso da Universidade com a produção científica de impacto global e com a formação de parcerias que ampliam o alcance e a relevância da ciência brasileira.

*Foto de Lucas Emanuel