BIOLOGIA VEGETAL - Na área de Biodiversidade, o Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal (PPGBV/UFPE) foi representado pela tese “Macroecology of Plant-Pollinator Interactions of Food Plants in Brazil”, de Willams Costa de Oliveira, orientada pela professora Ariadna Valentina de Freitas e Lopes. A pesquisa investiga a ecologia das interações entre plantas alimentícias e seus polinizadores no Brasil, articulando-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e ao tema da segurança alimentar.

Willams destaca o significado da premiação para ele: “Receber a menção honrosa do Prêmio Capes de Tese tem um significado profundo para mim, uma vez que é um reconhecimento científico, fruto de anos de dedicação à pesquisa científica, e também a validação de um esforço coletivo. Como um cientista negro que escolheu seguir o caminho da ciência no Brasil, onde, historicamente, a presença de pessoas negras é sub-representada nos espaços acadêmicos, esse prêmio mostra que devemos seguir ocupando esses lugares que tanto nos foi negado, que a nossa presença não seja uma exceção, mas que seja sinônimo de excelência. Esse reconhecimento me faz pensar nos jovens cientistas negros que podem se enxergar em mim e se inspirar. Essa conquista me atravessa no lugar da possibilidade de que outros, como eu, possam também sonhar. Eu cresci sem referências negras na área científica e fui o primeiro da família a obter um diploma de graduação e o único a ter títulos de mestre e doutor. Por isso, essa conquista não é só minha, é coletiva.”

A professora Ariadna Valentina de Freitas e Lopes ressalta o impacto do trabalho: “A tese foi desenvolvida em plena pandemia, com resultados de grande relevância, publicados em revistas de alto impacto. O reconhecimento fortalece a visibilidade do nosso Programa e estimula novas gerações de cientistas. Receber o Prêmio Capes de Tese tem grande importância na trajetória de um doutor, pois representa o reconhecimento da qualidade, originalidade e relevância científica de sua pesquisa. Além disso, o prêmio mostra que é possível produzir ciência de excelência no Brasil”, observa.