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UFPE e TRT-6 debatem atualidade das leis trabalhistas
A programação do evento, que segue até hoje (14), inclui oficinas, minicursos, conferências e mesas-redondas abertas ao público
Representantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6) estiveram reunidos, na tarde desta quarta-feira (12), na mesa de abertura do XIV Seminário do Laboratório História e Memória (Lahm). Com o tema “Modernização das leis trabalhistas? Atualidade da CLT”, o evento ocorre até hoje (14), em formato híbrido, com atividades presenciais no Campus Recife e transmissão ao vivo pelo canal da Adufepe no YouTube. A cerimônia de abertura foi realizada no auditório da Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe), no Campus Recife, reunindo docentes, pesquisadores, magistrados e estudantes.
Compuseram a mesa da solenidade o reitor Alfredo Gomes; o professor Antônio Montenegro, coordenador do evento e do Laboratório História e Memória (UFPE/TRT-6); o desembargador Fábio Farias, representante do presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região; o professor Marcio Ananias, vice-presidente da Adufepe; a professora Marília Machel, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em História da UFPE; o professor Bruno Kawai, chefe do Departamento de História da UFPE; e a professora Rosely Tavares de Souza, vice-presidente da Associação Nacional de História – Seção Pernambuco (Anpuh/PE).
Durante a solenidade, o reitor Alfredo Gomes destacou a relevância do evento em um momento de intensas transformações no mundo do trabalho. “O tema deste seminário é um dos mais atuais e necessários para fazer o debate, que é sobre a CLT, uma lei que vem lá dos anos 30, da época da industrialização do país. E estamos agora com as novas tecnologias em todas as áreas, com a inteligência artificial, que demanda olhar para as relações de trabalho nessa nova conjuntura”, afirmou.
O professor Antonio Montenegro, coordenador do evento e do Laboratório História e Memória, ressaltou que o tema deste ano busca justamente provocar um olhar crítico sobre as novas formas de organização do trabalho. “O ponto central do Seminário é a atualidade da CLT, porque nós estamos assistindo hoje, em função das novas tecnologias, uma campanha em nome desses ‘empresários de si’, dos ‘empreendedores de si’, uma desqualificação da CLT, que é um conjunto de leis de proteção do trabalho. Então, por trás dessa campanha do ‘empreendedor de si’, está uma forma de ampliação da acumulação do capital. As pessoas precisam compreender que esse ‘empreendedor de si’ é uma criação, onde se cria o fantasma do patrão para impedir as pessoas de entenderem que a tecnologia se torna um novo patrão invisível, onde seus direitos trabalhistas não veem junto”, explicou.
Criado em 2004, o Laboratório História e Memória (Lahm) nasceu da parceria entre a UFPE e o TRT-6, com o objetivo de preservar processos trabalhistas que seriam descartados. Desde então, o laboratório se tornou uma referência nacional em pesquisa e salvaguarda de documentos jurídicos, atuando na higienização, digitalização e disponibilização de um acervo que já ultrapassa 190 mil processos históricos provenientes de diferentes municípios de Pernambuco. Esse material, gradualmente acessível a pesquisadores de todo o país, tem sido fundamental para investigações sobre o mundo do trabalho, direitos laborais e memória social.
O seminário, que chega à sua 14ª edição, reafirma o compromisso da UFPE e do TRT-6 com a produção de conhecimento crítico e interdisciplinar, conectando história, direito e sociologia do trabalho. As discussões propostas buscam compreender os impactos das recentes reformas e debates em torno da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), bem como refletir sobre os desafios da modernização das relações trabalhistas diante das transformações tecnológicas e econômicas do século XXI.
A programação, que segue até hoje (14), inclui oficinas, minicursos, conferências e mesas-redondas abertas ao público, com o objetivo de promover reflexões críticas sobre os rumos da legislação trabalhista brasileira no contexto contemporâneo. O evento é aberto ao público e todas as sessões transmitidas contarão com certificação. Mais informações no site do evento.
*Foto de Júlia Alencar / Ascom UFPE