O Campus Recife da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) sediou, nos dias 30 e 31 de outubro, o Simpósio de Combate à Desertificação, realizado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO). Com o tema “Soluções para a crise ambiental em territórios em transformação”, o evento reuniu especialistas, pesquisadores e representantes de instituições públicas e da sociedade civil para debater estratégias de enfrentamento à desertificação, à degradação da terra e aos efeitos da seca.

A mesa de abertura, realizada na manhã de quinta-feira (30), no auditório do Instituto de Pesquisa em Petróleo e Energia (i-Litpeg), contou com a presença do reitor da UFPE, Alfredo Gomes; do diretor do i-Litpeg, Luiz Stradevitch; e de representantes de diversos órgãos, entre eles o Ministério do Meio Ambiente, o Instituto Nacional do Semiárido (Insa), a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), a Sudene, a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e o Observatório da Caatinga e Desertificação (Oca).

Durante a cerimônia, o reitor Alfredo Gomes ressaltou a importância da articulação entre universidades, órgãos públicos e instituições de pesquisa para transformar o conhecimento científico em ações concretas. “Precisamos converter o debate e as ideias em boas práticas, capazes de mudar realidades marcadas por desafios sociais, econômicos e ambientais”, destacou.

Representando a FAO no Brasil, Jéssica Airisse Guimarães Sampaio enfatizou o papel do simpósio como espaço de cooperação e troca de saberes. “Esse evento é muito relevante tanto pela temática quanto pelo formato. Após a pandemia, poder reunir presencialmente representantes da academia, do governo e da sociedade civil fortalece o intercâmbio de experiências com os atores que trabalham diretamente no combate à desertificação”, afirmou.

O simpósio foi promovido no âmbito do projeto Redeser – Revertendo o Processo de Desertificação nas Áreas Suscetíveis do Brasil: Práticas Agroflorestais Sustentáveis e Conservação da Biodiversidade, coordenado pelo MMA em parceria com a FAO e financiado pelo Fundo Global do Meio Ambiente (GEF). A programação incluiu painéis temáticos, sessões orais de trabalhos científicos e debates abertos, com o objetivo de articular respostas colaborativas e sustentáveis para os desafios ambientais enfrentados pelo semiárido brasileiro.

*Foto de Laura Andrade / Ascom UFPE